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Startup brasileira pretende tornar o Bitcoin um método comum de pagamento

Mesmo a recente queda no mercado de criptoativos não tem impedido que os empreendedores brasileiros vejam nas criptomoedas um terreno fértil para a inovação e para o desenvolvimento de negócios no país, como é o caso de Elvis Lopes, CEO da Bancryp, que pretende ser um verdadeiro banco de criptomoedas no Brasil e, assim como um banco, permitir saques e depósitos, custódia de ativos, empréstimos, seguros, opções de investimento, entre outros serviços financeiros.

Idealizada por Alessandro Gomes, Elvis Lopes e Alberto Sousa, a proposta é fornecer liquidez rápida para usar no dia-a-dia e pretende operar com Bitcoin, Litecoin, Ethereum, Ripple e o token XBANC, um token próprio desenvolvido pela startup. Assim, os consumidores brasileiros poderão utilizar as criptomoedas no seu cotidiano, incorporando o método de pagamento até para comprar um café. Para isso, toda a tecnologia, inclusive os cuidados com compliance e protocolos de segurança, são desenvolvidas internamente no escritório em Florianópolis, que, como mostrou o Criptomoedas Fácil, está sendo cotada para ser a Crypto Island do Brasil.

Lopes explica que o projeto da Bancryp é grande e que o roadmap já está em andamento, inicialmente, implementando um gateway de pagamento em diversos estabelecimentos em Florianópolis. O gateway envolve desde um aplicativo para pagar e receber pelo celular, até uma máquina POS (a famosa maquininha de cartão) que permite pagamentos somente em criptomoedas pelo sistema de chips e com tecnologia NFC. A fintech também desenvolveu um cartão cripto que é vinculado à conta do cliente e, desta forma, permite pagamentos com Bitcoin e as demais criptomoedas suportadas pela plataforma e, na outra ponta, o comerciante pode optar em receber em reais, ou em criptomoedas, direto na wallet.

“Nossa máquina e cartão são desenvolvidos com tecnologia e bandeira própria. Queremos ser uma opção verdadeira de processamento de criptomoedas através do desenvolvimento do nosso produto, daquilo que acreditamos ser a tendência da economia mundial, que são as criptomoedas. Não dependemos, por exemplo, de uma Visa ou Mastercard, que são grandes operadoras mas, por sua natureza, centralizam serviços e, como aconteceu em 2017, encerram parcerias por não processarem pagamentos com criptomoedas. Queremos fazer justamente o contrário, beneficiando usuários, comerciantes e nossa empresa, construindo uma relação ‘ganha-ganha'”, destaca Lopes.

Como parte das iniciativas da Bancryp, Lopes explica que deseja massificar o uso do Bitcoin, para que, desta forma, mais pessoas tenham acesso ao ativo e preconceitos possam ser quebrados. Para isso, a primeira estratégia, que já está bem avançada e deve ser implementada ainda este ano, prevê que cerca de 3 mil estabelecimentos em Florianópolis, entre restaurantes e serviços de hospedagem, passem a aceitar criptomoedas.

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Outro projeto, já em desenvolvimento, é a distribuição de um produto chamado “Bitcoin de gôndola”, que é um cartão pré carregado com uma quantidade determinada de Bitcoin que pode ser adquirido em qualquer estabelecimento comercial, seja um supermercado, seja uma “papelaria da esquina”. Lopes ressalta que o cartão funciona da mesma forma que os cartões de recarga de celular que vem com créditos para serem inseridos no telefone, no caso do BTC de gôndola o processo é praticamente o mesmo, mas com um diferencial: o kit também vem com uma SmartBand, que pode ser vinculada à uma conta Bancryp.

“Queremos que a pessoa possa comprar Bitcoin no Pão de Açúcar assim como ela compra um vinho, uma carne ou até mesmo um tomate, simples, fácil e sem complicação. Simplesmente ela pega o produto na gôndola, paga no caixa e pronto, já comprou seu Bitcoin. Não precisa de toda uma burocracia que envolve mandar dinheiro para uma conta, esperar a exchange reconhecer o depósito e, muitas vezes, enviar foto, segurando tantos documentos que os processos de KYC muitas vezes se esquecem que o ser humano tem apenas duas mãos. Bitcoin é simples, é p2p, queremos mostrar isso para as pessoas”, destaca Lopes.

O empreendedor destaca também que todas as operações da Bancryp são feitas em tempo real, instantaneamente, “não existe esta história de blockchain demorada, de que a pessoa vai pagar com Bitcoin e tem que esperar até uma hora para confirmar, aqui os pagamentos são feitos e confirmados em tempo real”, reforça.

Parte dos serviços da Bancryp já estão disponíveis e as soluções de pagamento foram desenvolvidas para permitir a integração, por parte do comerciante, com outros gateways de pagamento como Paypal, Stripe, Pagseguro, Mercado Pago, Moip, entre outros. A expectativa ainda em 2018 é que a ICO, que está em andamento, possa arrecadar cerca de US$40 milhões e que em 2019 mais de 500 mil contas sejam abertas, uma receita de R$18 milhões e expansão para outros países da América Latina.

Para mais informações sobre a Bancryp, acesse: https://www.bancryp.com/

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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