Startup brasileira é finalista em concurso Blockchain em Dubai

Surgido no final de 2008, de lá pra cá o Bitcoin tem chamado atenção por suas vantagens, não somente ao mercado financeiro como também em outras áreas, como na educação e na segurança de dados.

Em entrevista ao Criptomoedas Fácil, o Antonio Hoffert CEO da Coinaction, falou como o bitcoin a e sua tecnologia subjacente Blockchain tem ajudado as startups.

A solução da Coinaction

A Coinaction ajuda as pessoas a usar o bitcoin sem a necessidade de entender a tecnologia ou até mesmo se preocupar com a segurança das chaves privadas, tudo isso fica por conta da startup.

Tudo começou em 2015 com uma solução de câmbio turismo com rede de parceiros internacionais, onde qualquer pessoa poderia ir a um estabelecimento local poderia troca bitcoins por moeda fiat local.

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Saímos do modelo câmbio turismo para um modelo para facilitar pessoas enviar dinheiro internacionalmente via bitcoin.

Na época as pessoas tinham muito receio a tecnologia, e boa parte das informações que passava na mídia era mal interpretada, gerando bastante confusão.

Como funciona solução da Coinaction?

Segundo Antônio, o que a Coinaction faz é bem simples, eles criam uma conta para o cliente em uma exchange com maior liquidez, em países diferentes como se fosse um serviço de transferência internacional apenas executando uma ordem de compra de bitcoins em um país e executando ordem de venda em outro país.

A Coinaction faz isso tão simples para o cliente que ele se sente como se estivesse realizado uma transação bancária.

A principal vantagem nesse modelo de operação é o que o usuário não vai precisar se preocupar em abrir diversas contas em corretoras diferentes. Além disso, a conta fica em posse da Coinaction, porém o cliente pode solicitar acesso a conta a qualquer momento podendo operar por conta própria.

A Coinaction aperta botões para nossos clientes.

O serviço da Coinaction pode ser usado por qualquer pessoa sem ter a necessidade de entender termos técnicos ou correr riscos nas transações e por trás de tudo é o bitcoin que está em operação.

Público alvo

Atualmente o público alvo da startup são pessoas físicas que querem fazer remessas para exterior, como as transações ocorrem em bitcoin há uma economia de custos de 20% comprados aos meios bancários atuais.

Nossa solução é bem simples, mais muito poderosa, captando novos usuários para o mainstream.

Situação do bitcoin e Blockchain no mercado Brasileiro

Para Antônio mesmo o Brasil tendo poder de compra muito grande e possuir um dos preços mais caros comparados a outros países, ainda tem muito a aprender e avançar.

De acordo com ele, outros países já fazem uso da tecnologia Blockchain em serviços públicos a exemplo do Chile. A bolsa de valores de Santiago foi a primeira a usar tecnologia Blockchain para garantir a estabilidade de operações de Futuros. Além disso, o Brasil conta já com algumas soluções blockchain com o app “+mudamos” que coleta assinaturas via blockchain para propor projetos de interesse de toda a população do país.

Outro caso de uso é pelos ITS Rio que emiti certificados de conclusão de cursos via Blockchain.

Você acredita que as instituições bancárias ficaram para trás caso não mude seu modelo de operação?

É possível que haja mudança no modelo de operação dessas instituições, principalmente na redução em custos de conciliação.

Segundo Antônio, se hoje comparamos o modelo de operação dos bancos a exemplo de transferências internacionais onde a necessidade de ter confiança em terceiro para validar a transação, ao longo do tempo este intermediário ficará obsoleto.

É uma ilusão dizer que Blockchain veio para acabar com os intermediários.

O que vai surgir serão novos intermediários a exemplo da Coinaction, mesmo assim ainda dependemos das instituições bancárias para realizar transferências internacionais. Além de ser um meio caro, leva tempo para ser realizada.

A Blockchain tem potencial para ser a solução mais rápida.

Existiu alguma dificuldade perante a legislação de algum país para a Coinaction operar?

Resolvemos não operar nos EUA e União europeia justamente por questões de legislação. Não é só porque trabalhamos com bitcoin que somos isentos com as regulações internacionais.

As regulamentações nesses países são bem rígidas, e para Antônio os custos são elevados para se conseguir uma licença para poder operar, sem falar do tempo que leva, são mais de 2 anos para se obter licença, ele afirma que essa legislação tem sido responsável por tirar algumas startups do mercado.

Como você se sente em representar o Brasil em um evento em Dubai?

Não é o primeiro evento internacional que a Coinaction participa. Um dos fatores que nos levou a participar da seleção para este evento foi o portal Criptomoedas Fácil. No momento eu não dei muita atenção, só depois que li a notícia do concurso em Dubai aqui, que resolvi fazer a inscrição. Vocês tem uma contribuição considerável.

Como funciona este evento?

O evento foi criado por um órgão chamado Smart Dubai Office e contêm três objetivos:

  • Criar uma indústria baseada em Blockchain
  • Implementar Blockchain em serviços públicos
  • Reunir as 20 maiores mentes internacionalmente sobre blockchain

Dubai tem uma economia muita crescente e muita ambiciosa, e que ser reconhecida como a primeira cidade, no qual todos os processos como trânsito e outros serviços sociais são governados pela Blockchain.

Estamos bem feliz em participar, a premiação é de 20 mil dólares para o primeiro lugar, mas a nossa meta é conseguir investimentos além de participar o evento.

Um ponto importante nesse evento, é o que o governo de Dubai deseja implementar o Blockchain além do serviço financeiro, implementando em serviços públicos. A fase final do concurso acontece hoje, dia 30 de maio.

Como você vê o bitcoin daqui a cincos anos, em questão de uso para o mainstream e valorização de mercado?

Sobre preço ainda não tem uma opinião formada, até porque muita coisa pode mudar até lá, desde computação quântica até legislação por parte dos governos. O principal legado do bitcoin, mesmo se ele acabar por qualquer motivo, é a forma de trabalhar de modo descentralizado e de maneira eficiente.

Há alguma outra criptomoeda que a Coinaction vem a trabalhar no futuro?

Usamos bitcoin pela liquidez que proporciona, mas se outra moeda tiver liquidez pode ser um veículo de transferir valor.

Novos mercados movidos pela Blockchain

Antônio considera o Bitcoin a maior revolução após a internet, e acredita que não é só na indústria financeira que pode se beneficiar da blockchain. Existem outros modelos de negócios que se beneficiariam fazendo o uso da blockchain a exemplo, da gestão de redes de energia elétrica, gestão de informações, desde informação hospitalar a identidades.

A Blockchain era uma ferramenta que estava faltando para abordar os 2 bilhões de pessoas que não tem acesso a bancos e boa parte nem possui documentos de identificação.

Por fim o CEO da Coinaction agradeceu ao nosso convite e reforçou a importância em manter as principais exchanges brasileiras como parceiras.

O que você achou? Deixe sua opinião na seção de comentários abaixo.

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Tayrone Santos

Trabalhos educativos na utilização do bitcoin no Brasil, segurança de dados e voluntário no projeto SimetBox do NIC.br. - Gostou do meu conteúdo e quer me apoiar, pague-me um café ?: 1GQgMmWDrJaVEh1QX79jp4KWaQEVYYf8if

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