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Stablecoins mostram sinais de estabilização após colapso da FTX

O colapso da exchange de criptomoedas FTX impactou todo o mercado, com destaque para as stablecoins do setor de finanças descentralizadas (DeFi), que viram seus TVLs (Valores Totais Bloqueados) despencarem desde o dia 6 de novembro, quando o caos da FTX começou.

De acordo com a plataforma DeFi Llama, os TVLs das cinco principais stablecoins em DeFi recuou cerca de 20% para US$ 2,64 bilhões.

Conforme informou o The Defiant, só o pool da Curve, que permite negociações entre DAI, USDC e USDT, perdeu US$ 97 milhões (cerca de R$ 520 milhões) desde que o colapso da FTX teve início. Enquanto isso, o pool DAI-USDC da Uniswap, ganhou US$ 86 milhões (R$ 426 milhões).

Mas agora, após a agitação maior, parece que o mercado está finalmente se estabilizando. Isso porque os rendimentos oferecidos nesses cinco tokens se estabilizaram.

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Stablecoins em DeFi

A ação do mercado sugere que, quando os investidores retiram as stablecoins do DeFi, eles não estão necessariamente vendendo os tokens porque ganharam valor ou por medo de que o preço caia. Em vez disso, parece que os investidores começam a temer o risco deste setor. Assim, eles optam por manter os seus ativos atrelados ao dólar em suas carteiras. Ou seja, os investidores buscam eliminar o risco dessa classe de ativos.

Quando o colapso da FTX começou, o TVL de stablecoins em DeFi caiu por vários motivos . Entre eles, pode-se apontar que as pessoas que estavam resistindo acabaram “jogando a toalha”, pois o risco/recompensa de permanecer nas criptomoedas se tornou muito grande.

Na verdade, a falência da FTX pode ter assustado as pessoas para não apenas retirar as stablecoins do DeFi, mas também das criptomoedas como um todo, segundo The Defiant.

Nesse sentido, a oferta das cinco principais stablecoins caiu cerca de 2% desde o dia 6 de novembro, para US$ 138 bilhões (R$ 742 bilhões), de acordo com o CoinGecko. Só a maior stablecoin do mercado, a USDC, teve uma queda de US$ 3,8 bilhões (R$ 20,4 bilhões).

Preparado para o pior

Sam Kazemian, fundador da Frax Finance, um protocolo DeFi que produz FRAX, não vê a queda na oferta como o fim de tudo.

“Acho que vamos crescer novamente lentamente, mas toda grande insolvência suga alguma liquidez de stablecoin, o que é de se esperar”, disse Sam Kazemian, fundador do projeto DeFI Frax Finance ao The Defiant.

O fundador da Frax completou dizendo que não se tem ideia, neste momento, de para onde o mercado está indo. Portanto, é preciso estar preparado para o pior.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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