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Stablecoin da Terra Classic, USTC, salta 43% com proposta para recuperar ‘peg’

Nem tudo está perdido quando se trata das criptomoedas. Afinal, até mesmo aquelas consideradas “mortas” podem reviver. E esse parece ser o caso dos ativos associados à rede Terra, que colapsaram em maio deste ano.

Enquanto LUNC (Terra Classic) esboçou uma reação, saltando cerca de 3% nas últimas 24 horas, após a Binance queimar mais 3 bilhões de tokens; a stablecoin USTC (que deveria valer US$ 1) subiu mais de 43% só nas últimas 24 horas – por mais incomum que isso possa ser para um ativo projetado para ser estável.

No momento da redação desta matéria, o ativo digital está sendo negociado a US$ 0,042 (ou R$ 0,22). Como pode-se notar, o preço ainda está muito abaixo dos sonhados US$ 1. Mas a recuperação ainda assim é expressiva.

Gráfico de preço da moeda digital USDT nas últimas 24 horas. Fonte: CoinGecko

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Proposta para USTC recuperar o ‘peg’

A valorização da stablecoin coincide com a publicação de uma proposta para recuperar o “peg” da moeda digital estável. Ou seja, a sua paridade de um para um com o dólar dos EUA, perdida no dia 8 de maio e nunca mais se recuperou.

Na proposta, Tobias Andersen, propõe, entre outras coisas, reduzir a dívida que foi acumulada em maio durante o evento que ele chamou de “cisne negro”. Para isso, o engenheiro de blockchain sugeriu a criação de um processo para recapitalizar a stablecoin.

A ideia dele é usar medidas semelhantes às de flexibilização quantitativa (QE). Trata-se de uma estratégia de estímulo monetário usada no mercado tradicional que consiste na criação de quantidades significativas de “dinheiro novo”. Ou então usar o  aperto quantitativo (QT) – quando a entidade central reduz a sua propriedade de ativos financeiros.

Conforme explicou Andersen, em maio de 2022, a Terra Classic testemunhou um evento de ‘cisne negro’. Esse colapso resultou na “falência” de Terra por meio do que ele chamou de “espiral de morte viciosa”. No entanto, algo restou disso, segundo ele:

“Por sorte, nós ficamos com um ativo chave que, se nutrido com cuidado, poderia ajudar a trazer uma das mais significativas recuperações econômicas da história moderna. E você não deve ter adivinhado que esse ativo são as pessoas que estão lendo este documento, os investidores com as chamadas ‘mãos de diamante’, que apostam no futuro da nossa plataforma”, escreveu ele.

USTC pode se recuperar?

Em uma extensa publicação, Andersen explicou seu plano que considero primeiro a flexibilização quantitativa (QE). Contudo, como ele próprio apontou, existem alguns problemas no uso dessa técnica, incluindo uma “montanha de dívidas de US$ 10 bilhões”.

Diante das dificuldades, Andersen apresenta outra opção “muito mais dolorosa”, a de aperto quantitativo (QT) que inclui a queima de impostos. Segundo ele, essa fórmula levaria a uma redução significativa na oferta circulante de USTC e de LUNC.

“Ao mesmo tempo, colocaria ambas as ‘redes de valor’ em um caminho sustentável para uma recuperação econômica duradoura”, disse.

Por fim,  com relação à proposta de re-fixação da USTC, Andersen diz que é preciso estabelecer um sistema de formador de mercado “antifrágil”. A ideia, de acordo com o engenheiro, é incentivar novos negócios a alavancar a infraestrutura da plataforma existente de uma maneira que induza o crescimento positivo da rede.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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