Solana (SOL): já entregou tudo ou ainda vale a pena investir?

Umas das criptomoedas que mais se destacou em 2021 foi Solana (SOL) entregando uma valorização de mais de 9.700% no ano. 

No entanto, desde sua alta histórica de US$ 260, alcançada em novembro do ano passado, o preço de SOL recuou mais de 63% para os US$ 95 atuais.

Apesar dessa desvalorização, Solana continua sendo uma das “queridinhas” do mercado devido às diversas vantagens que a plataforma oferece.

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Entre outras coisas, a rede Solana entrega escalabilidade, transações mais rápidas e taxas baixas – alguns dos principais pontos de melhoria de seu “rival” Ethereum.

Para entender se Solana já entregou tudo o que podia ou se ainda é uma boa opção de investimento, o CriptoFácil conversou com alguns especialistas do mercado. De maneira geral, eles seguem confiantes com Solana, mas há ressalvas.

Trajetória da Solana (SOL)

Solana foi criada por Anatoly Yakovenko em 2017, mas só foi lançada em março de 2020. Entre abril de 2018 e julho de 2019, a Solana Labs arrecadou mais de US$ 25 milhões em diversas rodadas de vendas privadas e públicas de tokens.

O objetivo do protocolo é facilitar a construção de aplicativos descentralizados (dapps) e a execução de contratos inteligentes.

Atualmente, estima-se que a rede seja capaz de processar 50.000 transações por segundo. A título de comparação, a rede Ethereum processa cerca de 10 transações por segundo.

Por essa característica, o Bank of America (BofA) afirmou que a blockchain Solana pode se tornar a “Visa do ecossistema de ativos digitais”.

Mas não é só isso que faz de Solana uma alternativa viável ao Ethereum. Os custos de transação são bem mais baixos (uma pequena fração de um centavo) e a rede é muito mais escalável que a ETH, podendo suportar dapps com milhares de usuários simultâneos.

Além disso, para proteger a rede, Solana usa um algoritmo de consenso Proof of Stake (PoS). A rede também foi a primeira a usar a técnica de Proof of History (PoH), que registra data e hora das transações, de forma que todos os validadores tenham uma visão única das atividades executadas na blockchain. Por meio deste método, a blockchain Solana é capaz de lidar com milhares de transações por segundo.

DeFi, NFTs e metaverso impulsionam Solana

O boom das finanças descentralizadas (DeFi) em 2021 foi, em parte, responsável pelo crescimento da rede SOL.

Isso porque a explosão no DeFi elevou o custo das transações no Ethereum e fez da Solana a plataforma alternativa principal para hospedar esses projetos. A escalabilidade da rede também atraiu os projetos e ajudou o preço do token SOL a disparar.

Atualmente, o valor total bloqueado (TVL) na rede Solana supera os US$ 7,2 bilhões, segundo a plataforma DeFi Llama.

Após o boom de DeFi veio a febre dos tokens não fungíveis (NFTs) e, mais uma vez, Solana foi acionada. Em setembro do ano passado, por exemplo, a exchange FTX anunciou a integração da blockchain Solana (SOL) com sua plataforma de negociação de NFTs, o que impulsionou o preço de SOL na ocasião.

Hoje, a rede tem mais de 5,7 milhões de NFTs cunhados. Além disso, de agosto de 2021 a fevereiro de 2022 a rede Solana negociou US$ 1,26 bilhão em NFTs, segundo o CryptoSlam.

Ataques à rede Solana

Um ponto negativo a respeito de Solana tem a ver com os ataques sofridos pela rede. Em 2021, a rede sofreu pelo menos dois ataques do tipo DDoS.

Este ataque geralmente ocorre quando muitos dispositivos acessam um endereço ao mesmo tempo. Como consequência, este ataque deixa o endereço sobrecarregado. 

No início de 2022, novos ataques do tipo atingiram a rede, que chegou a ser comparada à EOS por Mark Jeffrey, investidor e autor na Harper Collins. Para ele, a SOL perdeu credibilidade e saiu da briga pela dominância no mercado de DeFi.

E aí, vale a pena investir em Solana?

Embora Jeffrey esteja desapontado com Solana, este não é o sentimento dos analistas consultados pelo CriptoFácil.

O entusiasta de criptomoedas e advogado especializado no mercado de cripto, Rafael Steinfeld, por exemplo, ressaltou que as falhas ocorrem porque Solana é uma rede relativamente nova. Contudo, isso não impacta diretamente nos fundamentos no longo prazo, segundo ele:

“Na minha opinião, Solana já é considerada Blue Chip e é uma das principais redes DeFi do ecossistema atual. Não tenho dúvidas que o investimento no longo prazo valerá a pena. Além da escalabilidade, velocidade, usabilidade e taxas permanentemente baixas, Solana possui uma comunidade muito forte”, acrescentou.

Steinfeld pontuou ainda que diversas plataformas vêm sendo lançadas na rede e os desenvolvedores promovem atualizações constantes:

“Para se ter uma ideia, em janeiro a Solana possuía quase o triplo de desenvolvedores ativos em relação ao Ethereum”, observou.

Quem concorda com Steinfeld é o cofundador do CriptoFácil e especialista em criptomoedas Paulo Aragão. Segundo ele, Solana é uma de suas apostas pessoas considerando o médio e longo prazo:

“Solana já possui uma rede bastante robusta. Seus ecossistemas de DeFi e NFTs são bem estabelecidos e a rede oferece, ainda, o serviço de staking. Por isso, é um dos projetos que eu aposto pessoalmente. Apesar disso, SOL fica abaixo das minhas posições em Bitcoin e Ether. Considero Solana uma aposta de médio a longo prazo, enquanto BTC e ETH são criptoativos consolidados.”

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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