O sistema de votação baseado em blockchain da Virgínia Ocidental, estado dos Estados Unidos, sofreu uma tentativa de ataque, conforme mostra o artigo da Coindesk divulgado nesta terça-feira, 08 de outubro.
O ataque foi divulgado pela primeira vez por meio de discurso público na quarta-feira passada, mas ocorreu ainda no ano passado. O secretário de Estado da Virgínia Ocidental Mac Warner disse que houve uma tentativa frustrada de violar o programa piloto, apelidado de “solução de votação móvel militar”, durante o ciclo eleitoral de 2018.
O secretário não revelou mais detalhes sobre o incidente, que está sob investigação do Escritório Federal de Investigação (FBI, na sigla em inglês). Porém, Warner ressaltou que “nenhum voto foi alterado, impactado, visualizado ou adulterado de qualquer forma”.
Desenvolvido pela startup de blockchain Voatz, apoiada pela fabricante de aplicativos mobile Medici, a ferramenta foi criada para fornecer aos militares da ativa e cidadãos norte-americanos residentes no exterior uma maneira segura de votar. O aplicativo usa reconhecimento facial e de impressão digital e armazena recibos de cédulas verificados por eleitores em um livro-razão imutável.
“O sistema funcionou como projetado e planejado. A tentativa foi detectada mas não causou danos, pois foi detectada ainda no início, e relatada às autoridades”, disse o CEO da Voatz Nimit Sawhney.
Até o momento, a startup conduziu mais de 31 projetos pilotos, incluindo uma implementação nas eleições municipais de Denver, Colorado, em maio passado. A Voatz recentemente concluiu uma rodada de investimentos Série A em junho, na qual captou US$7 milhões.
Os endereços IP dos hackers foram entregues ao FBI, que determinará quais crimes podem ter sido cometidos. A CNN informou na última sexta-feira, 04 de outubro, que os endereços podem estar vinculados a estudantes matriculados em um curso de segurança eleitoral da Universidade de Michigan.
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