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Sírio de 16 anos ensina o básico sobre criptomoedas em campo de refugiados

O adolescente sírio de 16 anos Yousif Mohammed Nor Aldeen está ensinando o básico sobre criptomoedas em um campo de refugiados de Arbat, no Iraque. Seu objetivo é resolver um problema de sua comunidade: a corrupção. Conforme noticiado pelo site de notícias Coindesk neste domingo, 15 de dezembro, Aldeen diz gostar particularmente da ideia de que todos possam ganhar e enviar dinheiro. Isso porque sua família ainda vive em Damasco, capital da Síria.

Em um programa de educação local, administrado pela organização sem fins lucrativos Hello Future, Aldeen ganhou uma pequena quantidade da criptomoeda Ether. Como ainda não é um valor suficiente para gastar, o adolescente quer ganhar mais.

“As pessoas realmente precisam saber tudo sobre a Internet, seus telefones e laptops. Estamos em um mundo avançado e devemos aprender”, afirmou Aldeen.

A fundadora do projeto social Charlie Grosso explicou que a maioria dos alunos da turma de Aldeen não estão familiarizados com o acesso a redes globais. Segundo ela, eles ainda pensam em dispositivos móveis e computadores como os antigos Nintendos, que podem jogar ou usar calculadoras.

“A ideia de procurar verificar informações é desconhecida para eles. Eles simplesmente não têm essa estrutura”, observou Grosso.

De acordo Grosso, todos os 44 adolescentes que fizeram sua aula de informática aprenderam rapidamente sobre o conceito de moeda digital apátrida. Para ela, isso talvez seja justificado porque eles estão familiarizados com ouro e outros ativos tangíveis.  

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“O banco pode roubá-lo”

A família de Aldeen armazena seu dinheiro com a matriarca responsável pela administração do lar, assim como a maioria das 9.000 famílias residentes no campo de refugiados. A matriarca faz a gestão de todo o dinheiro da casa e redistribui os valores de acordo com as necessidades. Segundo Aldeen, ela é “como um banco”.

“A criptomoeda pode ser boa para economizar dinheiro, porque se você colocar seu dinheiro dentro de um banco, o banco poderá roubá-lo”, afirmou ele.

A expectativa de Grosso é formar 100 alunos em seu curso básico de informática em 2020, expandindo ainda mais o grupo de adolescentes com experiência em criptomoedas que possam ensinar aos adultos sobre o assunto.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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