“Silicon Valetta”: praias, bitcoin e blockchain

Belas praias, ruínas antigas, e agora Bitcoin – Malta é um país que se orgulha da preservação do passado antigo e a adoção pioneira do novo.

Ao longo da história, Malta, uma ilha situada no mar Mediterrâneo, entre a Itália, a Tunísia e a Líbia, caiu sob o domínio dos bizantinos, árabes, espanhóis, franceses e ingleses, finalmente ganhando independência em 1964. Na sequência de uma política de neutralidade, a pequena nação-ilha gozou de uma paz relativa desde que ganhou seu status de Estado soberano.

Em 1989, Malta recebeu o então presidente dos Estados Unidos, George Bush, e o líder soviético Mikhail Gorbachev, que chegaram a um acordo que acabou com o fim da Guerra Fria.

Podemos realizar uma paz duradoura e transformar a relação Oriente-Ocidente em uma cooperação duradoura. Esse é o futuro que o Presidente Gorbachev e eu começamos aqui em Malta, disse Bush.

Após a Segunda Guerra Mundial, a economia do país estava em grave crise, mas após a Cúpula de Malta, a economia cresceu substancialmente. Malta é única, pois o país possui relativamente poucos recursos naturais, produz apenas 20% de seus alimentos e não possui fontes de energia locais.

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Desde a década de 1990, Malta confiou na criatividade para alcançar sua riqueza. Além dos 1,7 milhões de turistas que a ilha atrai todos os anos, o país também estava na vanguarda do setor de apostas online, que agora representa 12% do PIB do país. Como um dos principais destinos para startups de jogos eletrônicos, Malta tomou uma rota de conformidade regulatória extremamente pró-mercado, solidificando seu espaço entre os jogadores de games em todo o mundo.

Enquanto Malta ainda mantém sua notoriedade como um centro de jogos, o país está passando por uma espécie de transformação. A próspera cena tecnológica e os empresários inteligentes da internet estão visando mudar o rosto da reputação digital do país.

Eis o Blockchain

Começando com a iniciativa Silicon Valletta (um trocadilho com o Silicon Valley, dos Estados Unidos), o primeiro-ministro Joseph Muscat procura posicionar o país como líder da UE no mundo digital. Muscat observou: “Devemos estar na linha de frente ao abraçar o blockchain e bitcoin”.

Em outubro, o governo maltês comprometeu-se a iniciar o processo de criação de sua própria estratégia de blockchain, com o objetivo de ajudar as empresas sediadas na ilha. De acordo com Silvio Schembri, Secretário Parlamentar de Serviços Financeiros, Economia Digital e Inovação, o governo atualmente está trabalhando na elaboração de uma estratégia de uma blockchain nacional, que levará o país a ter um novo regulador para o setor e um sólido quadro legal que facilite o uso da tecnologia blockchain na oferta de novas aplicações para o mercado, enquanto facilita a vida para muitos.

Malta também está beneficiando empresas que trabalham com blockchain, fornecendo incentivos fiscais generosos e criando uma autoridade legal que planejará um quadro de apoio em que as empresas poderão crescer.

Esta iniciativa, no entanto, não está livre de críticas. Jonathan Galea, fundador da BitMalta, a exchange de bitcoins do país, argumentou que Malta não é um lugar fantástico para fazer negócios com o bitcoin. Enquanto Galea acredita que as iniciativas do blockchain no governo geralmente são positivas, ele observa que é necessário dar mais atenção às criptomoedas em geral. Houve um momento em que uma abordagem “ficar de fora e observar” foi recomendável, mas esse tempo já passou. Aqueles que desejam usar criptomoedas de forma regulada não podem mais esperar.

Os defensores das criptomoedas em todo o país estão reunindo grupos de discussão, encontros e aulas para desenvolver a emergente cripto-comunidade maltesa. Os grupos estão aumentando de tamanho, à medida que o interesse ganha impulso e várias startups começaram a adicionar este efeito bola de neve.

Após o fracasso do primeiro caixa eletrônico de bitcoin de Malta, uma empresa imobiliária, Quicklets, fundada por Steve Mercieca, instalou um caixa eletrônico de bitcoin na sede da empresa, com planos de expandir o serviço para vários outros locais da ilha. Além disso, dois jovens empresários da empresa Ivaja esperam trazer um novo caixa eletrônico.

Como bitcoin e blockchain estão se tornando palavras comuns em todo o mundo, Malta pode ter a chance de deixar seu nome como um dos principais inovadores nesse mercado. Será importante para o país seguir uma abordagem geral, além da tendência e além da “tecnologia do ano“.

A adoção generalizada da idéia será necessária, e enquanto o governo está fornecendo um ambiente nutritivo para as startups recém-criadas, o país está atrasado no domínio das criptomoedas. Convencer os cidadãos “comuns” a fazerem uso de moedas digitais também devem desempenhar um papel na estratégia da tecnologia para realmente criar um ponto central para esta nova plataforma digital.

Se Malta executar bem seu papel, suas aspirações de se tornar uma Silicon Valletta podem se tornar realidade.


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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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