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ShapeShift retira KYC obrigatório: “dignidade aos usuários”

Em exchanges centralizadas, como a ShapeShift, uma prática comum é cobrar documentos pessoais. Trata-se do chamado KYC, sigla em inglês para “conheça seu cliente”.

Este procedimento é geralmente requerido para operações que envolvem moedas fiduciárias.

Contudo, de acordo com um anúncio feito nesta quarta-feira (6), a ShapeShift removeu o processo de KYC. Segundo a exchange, a medida visa dar “dignidade aos usuários”.

Sem KYC obrigatório

No início do anúncio veiculado por Erik Voorhees, CEO da ShapeShift, é dito que protocolos de exchanges descentralizadas foram incorporados.

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Voorhees então explica que, por conta desta mudança no modelo de negócios, os usuários da exchange não precisam mais fornecer informações pessoais.

A súbita mudança foi feita para criar um sistema financeiro mais aberto e igualitário para todos, de acordo com o anúncio.

A princípio, o anúncio explica que apenas Ethereum e tokens ERC-20 poderão ser negociados desta forma. Porém, Voorhees espera que outras criptomoedas – como o Bitcoin – possam ser acrescentadas ainda no primeiro trimestre de 2021.

Ademais, os parceiros da ShapeShift que cobram KYC continuarão com tais requerimentos. De qualquer forma, a exchange afirma que está no início de um caminho rumo à descentralização.

Os próximos quatro passos, segundo o anúncio, envolvem não transacionar com clientes e permitir que eles transacionem entre si; encerrar as atividades reguladas, a fim de eliminar completamente a necessidade de KYC; e, sempre que possível, protocolos descentralizados serão incluídos na plataforma.

Ainda vilões

Contudo, isso não significa que a ShapeShift se juntou aos “mocinhos”. Segundo Voorhees, a exchange continua sendo um “vilão”.

O CEO da plataforma diz que a ShapeShift “não é amiga dos clientes”, já que existem diversas formas de supervisionar transações em blockchain. Elas são classificadas por Voorhees como mais efetivas do que processos de KYC.

Desta forma, a ShapeShift não só continuará cooperando com as autoridades conforme prevê a lei, como também colaborará com grupos da indústria para combater atividades escusas.

A exchange, na visão de seu chefe executivo, existe para “proteger boas pessoas e se manter firme perante o mal”.

O texto então é concluído com:

“Esperamos continuar trabalhando juntos para empoderar as finanças abertas e independentes, além de proteger todas as pessoas ao redor do mundo.”

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Gino Matos

Tenho 28 anos, sou formado em Direito e acabei fascinado pelas criptomoedas, ramo no qual trabalho há três anos.

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