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Sextortion; Conheça o novo golpe que já arrecadou mais de 79 Bitcoins

Uma nova “vertente” de golpe tem se espalhado pela internet. Chamado de Sextortion, consiste em chantagens feitas por e-mails enviados a algumas pessoas, nos quais alguns golpistas alegam possuir vídeos dos usuários durante práticas sexuais que teriam sido gravados sem sua permissão por meio da webcam, e que caso um pagamento não seja efetuado, as gravações podem ser “vazadas” na internet.

Geralmente, os e-mails que recebem este tipo de mensagem estão vinculados a sites e plataformas que tiveram seus bancos de dados hackeados em algum momento. Estimativas apontam que hoje podem existir mais de 100 milhões de endereços de e-mail divulgados na internet.

Ips no Brasil são alguns dos mais usados para cometer este tipo de extorsão sexual. Segundo a Digital Shadows, mais de 79 BTC já foram arrecadados de 3.100 endereços diferentes, ou seja, aproximadamente 3.100 pessoas concordaram em pagar aos hackers para que seus supostos vídeos não fossem divulgados na web. A empresa de pesquisa revela também que quase 1 milhão de e-mails receberam a mensagem com a “extorsão sexual”.

Como o valor médio das extorsões é relativamente baixo, cerca de US$540, muitos usuários preferem pagar aos hackers ao se verem imagens suas comprometidas. No total, cerca de 92 endereços foram usados para receber os Bitcoins.

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A Digital Shadows revela que o golpe foi operado a partir de vários endereços IP, sendo que o Brasil é o segundo colocado na lista, respondendo por 5,3% dos e-mails enviados, sendo que a liderança cabe ao Vietnã (8,5%), e a Índia fica em terceiro lugar (4,7%). A empresa de pesquisa sugeriu ainda que os servidores de e-mail poderiam ter sido comprometidos, razão pela qual a especificação de um local preciso não foi conclusiva.

Rafael Amado, analista sênior de estratégia e pesquisa da Digital Shadows, detalhou que sites de mídia social, como o LinkedIn, são os principais alvos para encontrar a vítima certa.

“Usá-lo pode ajudar a identificar o trabalho de uma possível vítima, o provável salário e as empresas para as quais eles trabalharam. Eles também podem divulgar detalhes de membros da família, estado civil e sua localização. Se isso for complementado com dados de violação, como senhas, isso pode tornar uma tentativa de extorsão mais potente.”

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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