O Serpro, Serviço Federal de Processamento de Dados, a maior empresa pública de prestação de serviços em tecnologia da informação do Brasil, é uma das instituições públicas que mais tem trabalhado com a tecnologia blockchain no desenvolvimento de aplicações voltadas para órgãos governamentais.
Em parceria com a Receita Federal, recentemente, como mostrou o CriptoFácil, a instituição desenvolveu o bCONNECT, uma ferramenta que permite o compartilhamento em rede de informações cadastrais das empresas certificadas pela Receita Federal como Operador Econômico Autorizado (OEA) e que usufruem de benefícios como facilitação dos procedimentos aduaneiros, tanto no Brasil quanto no exterior.
Toda esta transformação promovida pela instituição faz parte de uma “disrupção” na interação do Estado com a tecnologia e, segundo o diretor-presidente do Serpro Caio Paes de Andrade, o Serpro e a Dataprev seriam os pilares de uma transformação nos serviços de governo digital. A blockchain, como mostrou o Serpro, é muito bem vinda nesta transformação.
Segundo ele, esse fenômeno vai muito além da mera digitalização de procedimentos burocráticos.
“Inovação é mais que trazer tecnologia de ponta; é, praticamente, reinventar o Estado brasileiro”, considerou.
Para Andrade, à medida que se entra em um “governo 4.0”, surge um ecossistema cada vez mais favorável ao ambiente de negócios, com o fomento de um crescimento natural do PIB.
“Não é difícil superarmos o atraso e, gradativamente, tirarmos o ônus do funcionamento do Estado dos ombros dos cidadãos”, avaliou o presidente do Serpro. Uma ideia que poderia servir de exemplo seria a “licitação reversa”, promovida a partir do acesso às notas fiscais eletrônicas emitidas no país e com “amplo acesso público e transparência”.
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