Série Exchanges Brasileiras – BitcoinTrade

O criptomoedas Fácil traz um novo episódio da série sobre as exchanges brasileiras, que tem como objetivo levar aos leitores mais informações sobre as principais corretoras de criptomoedas do país. Você pode conferir as publicações anteriores da série, que contaram com a participação da Foxbit, Walltime, FlowBTC, Braziliex e OmniTrade.

E no episódio de hoje trazemos a participação da BitcoinTrade. A empresa surgiu com o objetivo de otimizar os processos ao máximo, para reduzir custos e aumentar a eficiência. Formada pelos sócios Carlos André Nascimento (CEO), Jorn Filho (CTO), Fábio Santos (CSO) e Daniel Coquieri (COO). Este último falou ao Criptomoedas Fácil e nos contou mais detalhes sobre a história, trajetória anual e planos de longo prazo da empresa. Confira!

Perfil BitcoinTrade

A BitcoinTrade, como a maior parte das outras exchanges, surgiu da visão de que havia uma grande falha de qualidade nas exchanges existentes no mercado na época. “Achamos que as corretoras que atuavam no mercado brasileiro à época não estavam preparadas para o grande crescimento do mercado, e nisso vimos uma oportunidade”, afirmou Coquieri.

A ideia surgiu através dos sócios Carlos André e Daniel, que posteriormente chamaram o Fábio e o Jorn para completar o quadro de sócios. Segundo o COO, os quatro sócios possuem habilidades diferentes e se completam dentro do quadro societário e de atividades da empresa.

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“O Carlos tinha, no Brasil, um e-commerce chamado Sachs, voltado para a venda de cosméticos e perfumes, que posteriormente foi vendido para o LVHM, mesmo grupo da Louis Vuitton, e teve mais de 14 anos de experiência na área. O Jordy liderou vários projetos de tecnologia no mercado, o Fábio conhece de segurança e infraestrutura. Eu tive uma empresa chamada EasyLike, que fabricava softwares para otimização de compra de mídias no Facebook, que fundei em 2012 e vendi em 2015”, afirma.

Um dos comparativos que levou a empresa para esta conclusão foi o mercado americano. Dois dos sócios da BitcoinTrade moram em Miami (EUA), cidade onde a exchange possui um de seus escritórios (os outros são no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte e no Canadá). Esse contato com as exchanges americanas, segundo Daniel, contribuiu para o desejo dos sócios em monta uma empresa que prezasse pela qualidade. E, para isso, usaram a experiência adquirida no mercado de tecnologia.

“O Carlos André tinha me dado um dos maiores sites de e-commerce do Brasil e em 2015 ,eu vendi minha empresa. Tínhamos know-how no mercado e então decidimos montar uma exchange com o objetivo de, principalmente, entregar uma plataforma com mais qualidade, segura, com certificação de compliance e uma plataforma que já nascesse preparada para o boom que o mercado de criptomoedas estava experimentando. Em suma, uma plataforma que agregasse valor ao mercado brasileiro”, explicou Coquieri.

Uma das principais metas da BitcoinTrade é a de otimizar o máximo de processos possível, com o objetivo de aumentar a segurança e eficiência da plataforma. Isso se reflete em um dos principais diferenciais da BitcoinTrade: o aplicativo para smartphones, que pode ser baixado para sistemas Android e iOS.

Funcionários, faturamento e crescimento

Tendo começado com cerca de 15 funcionários, a BitcoinTrade hoje conta com 28 pessoas em seu quadro – número modesto quando comparado com os quadros das maiores exchanges do Brasil. E esse quadro enxuto faz parte dos planos de otimização de processos, como nos conta Coquieri.

“Se comparamos com grandes exchanges, como Foxbit e Mercado Bitcoin, que possuem 80, 100 funcionários (sic), temos uma mentalidade um pouco diferente. Preferimos realmente otimizar processos, automatizar o máximo que puder. Então temos uma quantidade menor de funcionários, os quais estão espalhados entre os quatro escritórios da empresa: Rio de Janeiro (nossa base), Belo Horizonte e os escritórios de Miami e do Canadá”, comentou.

A BitcoinTrade opera atualmente com Bitcoin e Ether e, segundo Daniel, a Litecoin será incluída na plataforma em maio. Perguntado sobre a inclusão de outros ativos, o COO afirmou que não há planos para lançar uma série de tokens, como fizeram grande exchanges como a Binance. Mas, ainda assim, existem planos para a inclusão das principais moedas do mercado.

“Além da Litecoin, que será incluída em maio, temos planos de incluir o Bitcoin Cash a partir de junho. Também esta no nosso cronograma a inclusão de pares de negociação: BTC/ETH, BTC/LTC e BTC/BCH são alguns dos pares que pensamos em incluir. Ripple talvez entre na plataforma, mas não estamos com planos no momento”, afirmou Coquieri.

Como o atual foco da empresa está na negociação de criptoativos e na eficiência da corretora, Coquieri afirmou que a empresa pretende manter o foco na criação da “melhor plataforma de criptomoedas do Brasil para os nossos clientes.” Por isso, admitiu que a empresa não tem planos de trazer novos serviços no momento, como cursos ou outros.

Sobre a base de clientes, a BitcoinTrade possui cerca de 137 mil clientes cadastrados. Perguntamos para o Daniel sobre os perfis do cliente e dados de faturamento e projeções de crescimento nesse sentido, porém ele afirmou que são dados confidenciais da empresa, e portanto não poderia revelá-los.

Desafios

Falamos também sobre os desafios e riscos na visão da empresa. Para Coquieri, a segurança é um dos desafios mais importantes para qualquer exchange, seguida pela liquidez do mercado e atração de novos clientes.

“O mercado de criptomoedas é um mercado altamente visado, que tende a ser atacado constantemente. Por isso a parte de segurança tem que ser altamente planejada pela empresa. Outro ponto importante é a liquidez da corretora, a capacidade de atrair novos clientes. Esses fatores passam muito pelo marketing, pela qualidade do serviço oferecido e pelos diferenciais da empresa. Vejo esses como os principais riscos e desafios da empresa, e procuramos enfrentá-los com o máximo de qualidade possível”, finaliza Daniel.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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