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Se crise da FTX ‘pegar’ na USDT nós teremos problemas financeiro globais, diz regulador de Hong Kong

A Autoridade Monetária de Hong Kong está preocupada com a crise da FTX. Os reguladores acreditam que pode haver um efeito cascata decorrente da falência da exchange de criptomoedas que poderia afetar as stablecoins.

A autoridade monetária expressou suas preocupações no relatório intitulado “Avaliando os transbordamentos de volatilidade de criptomoedas para ativos financeiros tradicionais: o papel das stablecoins lastreadas em ativos”.

De acordo com os reguladores, as stablecoins lastreadas em ativos desempenham um papel fundamental no ecossistema cripto. Além disso, o respaldo de ativos financeiros tradicionais fornece valor estável a estas moedas.

No entanto, essas stablecoins têm riscos de incompatibilidade de liquidez semelhantes aos fundos do mercado monetário. Portanto, isso pode expor os administradores de stablecoins a uma venda massiva dos fundos para cobrir a liquidez.

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Regular stablecoins

A venda de ativos de reserva durante períodos de instabilidade no ecossistema cripto aumenta a volatilidade desses ativos de reserva. Nesse sentido, o regulador afirmou que, em casos extremos, a falha de uma stablecoin pode impactar o sistema financeiro tradicional.

“Um resgate maciço de uma stablecoin lastreada em ativos e a uma liquidação de suas reservas têm potencial de impactar significativamente o sistema financeiro tradicional”, destaca.

Além disso, o relatório destacou que o ecossistema cripto continua a se expandir e está cada vez mais exposto ao setor financeiro. E este vínculo entre as criptomoedas e ativos financeiros tradicionais vem se tornando mais forte.

“[O vínculo] está aumentando potencialmente o impacto de eventos ocorridos no mercado cripto serem também sentidos no mercado tradicional”, afirma.

Por fim, os reguladores argumentam que o sistema cripto não pode ficar longe de uma regulamentação e pedem que as stablecoins sejam reguladas globalmente sob alguns preceitos:

Em primeiro lugar, os emissores de stablecoins lastreados em ativos devem padronizar e divulgar regularmente seus relatórios. E, em segundo lugar, deve-se fortalecer o gerenciamento de liquidez para stablecoins lastreadas em ativos, possivelmente limitando a composição de ativos de reserva e exigindo direitos de resgate explícitos, o que também pode ajudar a reduzir o risco de contágio.

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Luciano Rodrigues

Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.

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