Economia

Santander realiza primeira transação privada com Drex

O banco Santander, umas das instituições que está participando dos testes com o Drex, a moeda digital de banco central (CBDC) do Brasil, informou que realizou com sucesso na semana passada a primeira transação com privacidade dentro da rede de testes.

De acordo com reportagem do Valor Econômico, o Santander conseguiu enviar fundos para uma conta de testes do Banco Central sem que nenhuma das outras instituições participantes dos testes pudesse visualizar a movimentação na blockchain. O banco utilizou a solução Zether para tornar a transação “sigilosa”.

A privacidade em determinadas transações na rede do Drex é um dos principais desafios que a CBDC do Brasil enfrenta para sair do papel. Isso porque a legislação de sigilo bancário determina que o BC seja capaz de garantir a privacidade dos usuários ao utilizarem a rede do Drex.

Testes com Drex avançam no Brasil

Conforme destacou Jayme Chataque, head de ativos digitais e blockchain do Santander, o Banco Central confirmou o recebimento da transferência. Ao mesmo tempo, os outros 15 consórcios confirmaram que não conseguiriam visualizar a transação.

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Contudo, Chataque destacou que o sucesso desta transação não garante a resolução do problema de privacidade do Drex. Afinal, ainda há uma série de dúvidas sobre como replicar esse tipo de experiência no futuro. Também não se sabe ainda se será possível replicar transações desse tipo em escala. De qualquer forma, o sucesso dessa transação é algo promissor.

Apesar de o Banco Central e seus participantes estarem avançando com o Drex, para os brasileiros, a CBDC ainda é uma “desconhecida”. Conforme noticiou o CriptoFácil, uma pesquisa recente revelou que 82% dos brasileiros ainda não conhecem o Drex.

Drex ainda é pouco conhecido

De acordo com a pesquisa intitulada “Relação dos brasileiros conectados à internet com serviços financeiros e com caixas eletrônicos”, somente 18% dos brasileiros com conexão à internet já ouviram falar no Drex.

O estudo em questão investigou os hábitos e demandas da população em relação aos bancos e aos meios de pagamentos. Os entrevistadores consultaram, de forma online, 1.519 pessoas, entre os dias 25 de setembro e 6 de outubro de 2023. A abrangência da pesquisa foi nacional, abarcando todas as classes econômicas.

Caroline Capitani, VP de design digital e inovação da ilegra, empresa global de design, inovação e software, destacou que o Drex vai se popularizar à medida que a população materializar os seus benefícios:

“Uma das melhores formas de aprender algo novo é fazendo e praticando. Portanto, acredito que o DREX terá saltos de popularização à medida que a população sentir na pele os benefícios e puder, de fato, experimentar seus ganhos e suas vantagens.”

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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