Economia

Sam Bankman-Fried é condenado por fraudar clientes, credores e investidores da FTX

Chegou ao fim o julgamento de Sam Bankman-Fried (SBF). O fundador e ex-CEO da exchange de criptomoedas FTX foi condenado em sete das sete acusações pelas quais foi julgado, incluindo fraude dos clientes, credores e investidores da FTX.

O júri determinou que Bankman-Fried foi o responsável pelo colapso da exchange de criptomoedas que ele cofundou e que varreu bilhões de dólares no que os promotores chamaram de “uma das maiores fraudes financeiras da história dos EUA”.

Bankman-Fried foi considerado culpado de dois crimes substantivos: fraude eletrônica contra credores e clientes da FTX. Além disso, o júri considerou o ex-bilionário culpado por cinco crimes de conspiração, que incluem conspiração para cometer acusações de fraude eletrônica junto com fraude de commodities, fraude de títulos e lavagem de dinheiro.

As informações são do Inner City Press, que informou que Bankman-Fried pode enfrentar uma pena de até 115 anos de prisão.

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“Respeitamos a decisão do júri”, disse o advogado de Bankman-Fried, Mark Cohen, em comunicado. “Mas estamos muito desapontados com o resultado. O Sr. Bankman-Fried mantém a sua inocência e continuará a lutar vigorosamente contra as acusações contra ele.”

Julgamento de Sam Bankman-Fried

A FTX era uma das maiores exchanges de criptomoedas dos Estados Unidos e do mundo. A empresa firmou parcerias com celebridades como Gisele Bündchen e Tom Brady. Além disso, comprou o naming rights da arena do Miami Heat da NBA entre várias outras ações de publicidade de destaque.

No entanto, quando o mercado cripto esfriou no ano passado e vieram à tona informações sobre o balanço da FTX, tudo veio à baixo. Em novembro do ano passado, a empresa entrou com pedido de proteção judicial e Bankman-Fried se desligou da exchange.

Posteriormente, as autoridades das Bahamas prenderam Bankman-Fried e ele sofreu extradição para os Estados Unidos. A princípio, SBF pagou uma fiança de US$ 250 milhões e pôde ficar na casa dos pais. Mas a Justiça revogou a fiança tempos depois e ele foi para uma prisão considerada insalubre e com “condições desumanas”. Foi lá que Bankman-Fried aguardou por seu julgamento que teve início no começo de outubro.

Bankman-Fried chegou a depor em seu próprio julgamento a fim de tentar convencer o júri a absolvê-lo. Mas a estratégia de defesa não deu certo. Ele chegou a admitir que tinha cometido erros, mas ressaltou que não agiu de má-fé.

Argumentos finais

Em seus argumentos finais, os promotores disseram que Bankman-Fried era um co-conspirador consciente de sua fraude junto com os demais que já se declararam culpados e que prestaram testemunho contra o cofundador da FTX.

O juiz Lewis Kaplan marcou a sentença para o dia 28 de março.

Bankman-Fried ainda enfrenta outras cinco acusações em um julgamento separada atualmente agendado para março de 2024.

As acusações incluem fraude contra clientes da FTX em conexão com a compra e venda de derivativos, fraude de títulos contra investidores na FTX e três acusações de conspiração: fraude bancária, operação de um negócios de transmissão de dinheiro não licenciados e violação do estatuto de suborno da Lei de Práticas de Corrupção no Exterior.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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