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A saída de mineradores de Bitcoin da China está começando a afetar o fornecimento de energia na Rússia.
De acordo com o governo russo, a mineração de criptomoedas pode estar sujeita a tarifas especiais para serviços de eletricidade no país. A informação foi dada pelo chefe do Ministério da Energia da Rússia, Nikolai Shulginov.
“Para manter a confiabilidade e a qualidade do fornecimento de eletricidade, acreditamos que seja necessário excluir a possibilidade de que os mineradores consumam eletricidade a taxas para a população”, comentou Shulginov.
De acordo com o porta-voz russo, o país não permitir que mineradores “piorem a situação às custas de taxas reduzidas para a população”. Ele se referia a possíveis cortes de energia em certas regiões do gigante eurasiático.
Antes das declarações de Shulginov o governador da região de Irkutsk, Igor Kobzev, já havia expressado sua preocupação com a atividade.
Ele destacou especificamente o impacto da mineração no fornecimento de energia elétrica da região. Além disso, mencionou a sobrecarga das linhas de transmissão e o risco de acidentes nas usinas.
A região de Irkutsk vem atraindo mineradores de Bitcoin por ter as taxas mais baixas do país. Por isso, pode ser considerada uma área privilegiada para quem deseja minerar criptomoedas na Rússia.
No entanto, é possível que a nova medida que visa aumentar as taxas para os mineradores acabe com essa vantagem.
A preocupação do governo russo surge em meio a uma onda de migração de mineradores de Bitcoin. Afinal, nos últimos meses, a China promoveu uma série de investidas contra a atividade e as criptomoedas em geral.
As proibições levaram os que se dedicam a esta atividade a buscar novos horizontes, incluindo Rússia e Estados Unidos. Este último passou a ser um dos principais destino. Relatórios recentes sugerem que 30% do poder de mineração de Bitcoin está agora concentrado nos EUA.
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