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Rússia desafia hegemonia dos EUA na mineração de Bitcoin

A Rússia agora ocupa o segundo lugar no ranking mundial de mineração de Bitcoin, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, de acordo com relatório divulgado pela mídia russa Kommersant.

A nova posição conquistada pelo país acontece em meio aos esforços dos EUA para tributar e regular a mineração de criptomoedas tanto em nível estadual quanto federal, tornando o ambiente no país menos favorável para a indústria.

De acordo com a BitRiver, fornecedora de soluções prontas para mineração de criptomoedas, a Rússia alcançou a segunda posição global em termos de capacidade de mineração no primeiro trimestre deste ano, com 1 gigawatt (GW).

Em comparação, os EUA lideram o ranking com uma capacidade de mineração entre 3 e 4 GW. Outros países no top 10 incluem o Golfo Pérsico, com 700 MW, Canadá, com 400 MW, e Malásia, com 300 MW.

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No final de 2021, a Rússia estava em terceiro lugar, atrás dos EUA e do Cazaquistão em termos de capacidade de mineração de Bitcoin, conforme apontou o relatório, que cita dados do The Cambridge Centre for Alternative Finance.

Mineração de Bitcoin

A mineração de criptomoedas é o processo que cria novas moedas digitais, como o Bitcoin, e as coloca em circulação.

A atividade requer poder computacional significativo e consome grandes quantidades de energia elétrica. Por isso, muitos mineradores buscam locais com eletricidade barata e regulamentação favorável para estabelecer suas operações.

A ascensão da Rússia no ranking de mineração de Bitcoin pode ser atribuída a diversos fatores, incluindo o acesso a recursos energéticos abundantes e preços de eletricidade competitivos. Além disso, o país tem se mostrado mais receptivo às atividades de mineração. Enquanto isso, os EUA têm adotado medidas regulatórias mais rígidas.

A mudança na classificação também pode ser parcialmente atribuída à repressão da China à mineração de criptomoedas no ano passado. Como resultado, muitos mineradores foram forçados a buscar outros locais para continuar suas operações, contribuindo para a redistribuição da capacidade de mineração em nível global.

Outro ponto é a proximidade da Rússia com as antigas províncias mineradoras da China, como Shichuan. A Rússia praticamente faz divisa com a região, possibilitando redução no custo de transporte dos equipamentos.

No entanto, a mineração de criptomoedas continua a ser um tema polêmico em muitos países, devido às preocupações ambientais e à necessidade de regulamentação adequada.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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