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Robô de day trade que opera na Binance gera prejuízo aos clientes

Usuários da empresa Security Money Trade acusaram a empresa de operar um robô que, na prática, dá prejuízo nas operações. A denúncia foi compartilhada com o CriptoFácil na segunda-feira (19).

A Security se vende como uma fintech que automatiza investimentos em Bitcoin através de robôs e inteligência artificial. Para isso, ela vende conjuntos de pacotes cujos preços variam de US$ 100 a US$ 6,4 mil.

Na cotação atual, isso equivale a uma faixa entre R$ 550 e R$ 35,2 mil, respectivamente.

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Cada pacote possui um valor mínimo que o cliente precisa ter para operar (banca mínima) e o quanto ele pode operar alavancado. A empresa também afirma que os saques dos lucros podem ser feitos a qualquer momento.

Reclamações de saques até prejuízos

No entanto, as promessas parecem não condizer com a realidade. O primeiro ponto é que os saques costumam ser atrasados pela plataforma.

“A comissão fica sempre presa para saque e impedida de ser transferida para corretora”, afirmou uma fonte ao CriptoFácil.

Por outro lado, os usuários reclamam das altas taxas cobradas pelo robô. Segundo eles, o valor pode chegar a até seis vezes a média do mercado.

“Para o aluguel do tal robô, uma comissão de 30% em cima dos lucros, onde no Brasil o lucro de corretagem é 6%, mais planos pagos a vista e antecipados.”

Junto com os atrasos, até mesmo o robô prometido pela empresa parece não funcionar. Segundo os lesados, a ferramenta teria gerado R$ 30 mil de prejuízos nas operações.

Isso teria ocorrido por causa da forma como o robô opera. No geral, robôs de trade monitoram momento a momento o preço do Bitcoin. Com isso, eles vendem em momentos de alta e recompram a criptomoeda na baixa, gerando lucro ao investidor.

Contudo, o robô da Security utilizaria o dinheiro no modo alavancagem, operando acima do valor da banca. Além disso, todo o dinheiro seria investido em mercados futuros, fazendo quase como uma aposta.

“O robô investe toda a banca em mercados futuros como se fosse uma verdadeira aposta, investe na hora errada. Foram quase 30 mil reais perdidos da conta de criptomoedas aberta na corretora onde tem seus criptoativos”, relatam as denúncias.

A corretora utilizada pelas operações da Security é a Binance, que possui operação no Brasil. Segundo a acusação, a imagem da Binance estaria sendo usada pelo grupo para dar credibilidade ao esquema.

Donos da empresa não são localizados

As informações também trazem o nome dos supostos coordenadores da Security. O dono da empresa seria Arnaldo Braulio Rissoli, formado em Programação Neurolinguística (PNL).

Na figura de consultor da Security Money Trade haveria uma empresa chamada FINTEC, de Cubatão (SP), cujo dono é Reinaldo Fernandes Marcolino.

Segundo o portal JusBrasil, existem 13 processos envolvendo o nome de Marcolino. Porém, nenhum deles é relacionado com a Security.

Ristoli também foi acusado de não atender as ligações do grupo. Por conta disso, eles decidiram abrir uma denúncia no Procon de São Paulo para apuração do caso.

Visitaremos o escritório da Corretora em São Paulo, que foi usada para dar credibilidade a Security Money Trade, para propormos a devolução dos 30 mil reais perdidos pelo robô. Esperamos sensibiliza-la, visto que até esta edição blindamos o nome da corretora que tanto tem sido importante a nível mundial para todos os amantes de investimentos em Bitcoins e tantas outras criptomoedas”, afirma a denúncia.

Posicionamento da empresa

Em nota enviada ao CriptoFácil, a Security Money Trade se manifestou por meio de Lucas Pereira Willemen.

O posicionamento da empresa pode ser conferido, em sua integralidade, abaixo:

“Já identificamos a pessoa que fez esse questionamento. O mesmo não obedeceu a regra de banca mínima visando buscar altíssimo lucro com baixo capital.

E que nesse caso é avisado dentro do sistema sobre o capital minimo para manter operações em segurança. Sem qualquer apresentação de provas ou tentativa de contato com a empresa e nem direito de resposta.”

Atualização, 27 de abril de 2021, 10h10: a presente matéria foi atualizada com o posicionamento da Security Money Trade.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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