Economia

Ripple lança white paper sobre CBDCs

A Ripple, empresa por trás do token XRP, reforçou seu apoio a moedas digitais de banco central (CBDCs) ao lançar um white paper sobre esse tipo de moeda centralizada.

O documento, que contém 23 páginas, foi lançado pela empresa na última quinta-feira (14). Nele, a Ripple explica os fundamentos das CBDCs, detalha sua atratividade, pontua seus riscos e barreiras à adoção generalizada.

Conforme destaca a Ripple no documento, hoje, 130 países, representando 98% do PIB global, estão desenvolvendo projetos de CBDC. Estados Unidos e a África do Sul, por exemplo, entraram em fases exploratórias. Além disso, muitos projetos em toda a União Europeia estão em desenvolvimento. A China, em particular, está perto do lançamento em grande escala de sua moeda digital.

O white paper da Ripple também pontua que as CBDCs ajudam a expandir a inclusão financeira, agilizar os pagamentos transfronteiriços e reforçar o controlo da política monetária.

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Para a Ripple, as CBDCs são necessárias para apoiar os impactos positivos mais significativos da tokenização de ativos. Trata-se de um mecanismo cada vez mais direcionado para a transformação de ativos tangíveis (por exemplo, imóveis e propriedade intelectual) em tokens digitais armazenados na blockchain. Com a tokenização, qualquer pessoa pode visualizar o processo de transferência de ativos por meio da propriedade.

Barreiras de adoção de CBDCs

Entre as barreiras à adoção das CBDCs, Ripple destaca a ausência de um quadro regulamentar uniforme e global, “pouca ou nenhuma” educação do consumidor, receios sobre proteções de privacidade e segurança, entre outros.

Essa falta de conhecimento da população sobre CBDC também é um fato no Brasil. Conforme noticiou o CriptoFácil, uma pesquisa recente revelou que 82% dos brasileiros ainda não conhecem o Drex, a CBDC do Brasil. Isso apesar de o Banco Central ter planos para lançar o antigo “real digital” em 2024.

A Ripple lança white paper no momento em que está amplamente envolvida no desenvolvimento de CBDCs em todo o mundo. A empresa tem parcerias, por exemplo, Butão, Palau, Montenegro, Colômbia e Hong Kong para o lançamento de moedas digitais de banco central.

Por fim, com relação aos riscos das CBDCs, a Ripple aponta:

  • Maior centralização do processamento de pagamentos e dados confidenciais dos usuários (é possível que um banco central armazene atividades e transações dos usuários);
  • Redução da supervisão regulatória dos sistemas financeiros;
  • Maior dificuldade em reverter fraudes ou transações errôneas;
  • Desafios no gerenciamento de credenciais de pagamento e custódia de chaves;
  • Suscetibilidade a transações errôneas ou maliciosas possibilitadas por aplicações financeiras complexas e automatizadas;
  • Aumento da dependência de terceiros (por exemplo, não-bancos).

A Ripple disse ainda que o desenvolvimento tecnológico é fundamental para o sucesso das CBDCs, mas é apenas o começo:

“Para uma aceitação generalizada da CBDC, os governos terão de navegar pelas dinâmicas políticas e da indústria financeira, ao mesmo tempo que convencem o público em geral dos méritos das alternativas de dinheiro controladas centralmente.”

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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