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Retrospectiva 2022, maiores acontecimentos

Tem sido um ano tumultuado para empresas de criptomoedas, com altas extremas e baixas ainda mais baixas. Sendo assim, separei os principais eventos e tendências que moldaram o setor em 2022.

2022 com pé direito

Embora esse atual mercado de baixa pareça estar acontecendo há anos, 2022 começou com Ethereum a US$ 4.000 e o Bitcoin em quase US$ 50.000. O mercado altista ainda estava rugindo neste momento e, embora o mercado estivesse abaixo das máximas de todos os tempos, o sentimento predominante ainda era bastante positivo. O início deste ano viu um dos empenhos de marketing mais notáveis ​​na história da criptomoeda: várias empresas, incluindo Coinbase, Crypto.com e FTX, anunciando em grandes eventos.

Além disso, tivemos situações tristes, mas que serviram para aumentar a adesão as criptomoedas. Dessa forma, a Ucrânia, por exemplo, começou a aceitar doações em criptomoedas para ajudar em seu esforço de guerra e conseguiu arrecadar mais de US$ 60 milhões. Além disso, o presidente Biden assinou uma ordem executiva em março pedindo aos Estados Unidos que valorizassem os benefícios e riscos das criptomoedas. Ambos os eventos indicam que as potências mundiais estão começando a aceitar que as criptomoedas não são uma moda passageira e serão uma grande força econômica no futuro, independentemente de seus problemas e volatilidade de curto prazo.

Atualizações Ethereum

O Ethereum teve duas atualizações consecutivas este ano, sendo a primeira a implementação do EIP-1559. Esse aprimoramento do Ethereum mudou a maneira como as taxas de transação eram tratadas. Antes do EIP-1559, todas as taxas de transação pagas pelos usuários voltavam para os mineradores. O EIP-1559 introduziu uma taxa básica dinâmica que muda com base na demanda e uma taxa opcional de prioridade que pode ser paga para acelerar as transações.

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Talvez o evento mais significante do ano tenha sido the Merge da Ethereum em 15 de setembro. Essa fusão foi um marco, já que a blockchain Ethereum passou de um mecanismo de consenso de Proof of Work para um Proof of Stake. Isso não apenas abriu caminho para uma maior escalabilidade do Ethereum no futuro, mas também reduziu o consumo de energia do Ethereum em 99,97%, o que fez com que o consumo global de energia diminuísse 0,2%. A fusão foi uma façanha tecnológica que levou vários anos, descrita como tão difícil quanto trocar os motores de um avião em voo sem que os passageiros soubessem.

Terra LUNA

Apesar da queda contínua dos preços, a primeira metade do ano não foi tão ruim. No entanto, em maio, os dominós começaram a tombar quando a stablecoin UST, pareada ao dolar, perdeu seu preço e causou uma queda maciça no mercado. Esse mecanismo funcionou muito bem para a UST desde seu lançamento em 2020, entretanto quando muitos investidores venderam sua UST por outras stablecoins um caos se iniciou. Dessa forma, o preço começou a despencar devido à pressão de venda, e UST e LUNA ficaram sem valor, com uma perda de mais de US$ 50 bilhões. Sendo assim, este foi um evento catalítico que fez o mercado desabar, já que muitos ativos aparentemente não relacionados foram afundados pelo acidente do terra já que o UST foi usado em vários ecossistemas DeFi diferentes.

Outra consequência do fim da terra foi a liquidação da Three Arrows Capital, antes considerada um dos principais fundos de hedge de criptomoedas. Como grandes investidores no ecossistema global, seu colapso expôs problemas de liquidez e nunca se recuperou. Essa liquidação impactou mercados mais amplos, incluindo Ethereum. Outras empresas enfrentaram um destino semelhante, incluindo a Voyager Exchange e a plataforma de empréstimos Celsius.

Hacks no mundo cripto

Como todos os anos, várias plataformas e protocolos diferentes foram hackeados, mas este ano foi maior do que todos os outros. Segundo algumas estimativas, mais de US$ 3 bilhões foram roubados. O maior hack do ano foi o Ronin Bridge, que resultou no roubo de cerca de US$ 620 milhões por hackers norte-coreanos. Outros hacks notáveis ​​incluem o hack do Wormhole Bridge de U$$320 milhões, o hack do Nomad Bridge de U$$190 milhões e o hack da plataforma Wintermute DeFi de U$$160.

FTX

Sem dúvida, o maior evento negativo do ano foi o colapso da FTX e a fraude encoberta com a empresa irmã Avenida Research. Depois que relatórios revelar que as empresas podem estar insolventes e a Binance vender U$$500 milhões de FTT para “gerenciamento de risco”. Os usuários que tinham fundos na bolsa FTX começaram a sacar rapidamente. Isso causou uma crise de liquidez, já que a FTX não estava armazenando os fundos do usuário como prometido. Isso deixou os usuários com bilhões de dólares impossíveis de sacar. Além disso, como o 3AC, o FTX teve participações em empresas de todo o mercado, particularmente no ecossistema Solana, fazendo SOL e moedas relacionadas caírem. Por fim, a BlockFi faliu quando a FTX os resgatou durante o verão.

Conclusão

O mercado sofreu absurdamente nesse ano de 2022. Entretanto, esse foi um ano de muita luta e resiliência. Com a prova de que a descentralização está cada vez mais forte, que a segurança dos protocolos precisam aumentar. Além disso, que a volatilidade não importa para aqueles que estão vivendo o mercado cripto e se tornando parte das comunidades.

Por fim, embora possa parecer que o mercado de criptomoedas deu um grande passo para trás este ano. Mas alguns desenvolvimentos positivos na área estão ajudando a manter viva a esperança entre os entusiastas. Aguardamos que em 2023, blockchain e criptomoedas se tornem mais populares. Conhecido e razoável que contribuirá para o desenvolvimento da indústria.

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Gabriel Madureira

Estudante de ciência e tecnologia na UNIFESP, possui 3 anos de experiência em criptomoedas e 6 anos no mercado tradicional. Trabalha também produzindo conteúdo sobre DeFi nas redes sociais.

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