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Retirada intensa de Bitcoin de exchanges indica alta, diz Glassnode

O saldo de Bitcoin (BTC) mantido nas exchanges continua em uma queda constante, agora com o menor valor em cinco anos: 2,26 milhões de Bitcoins. Essa diminuição, segundo a empresa de dados do mercado de criptomoedas, Glassnode, pode ser um prelúdio de uma alta no mercado.

No auge em 2020, as exchanges mantinham um saldo acima de 3 milhões de Bitcoins. Entretanto, desde então, a quantidade de criptomoedas nessas plataformas vem caindo, atingindo seu nível mais baixo desde 14 de março de 2018.

Em contraste, a quantidade de Bitcoin em circulação vem crescendo continuamente há mais de uma década, graças à mineração. Atualmente, quase 20 milhões de Bitcoins estão em circulação, segundo dados do explorador Blockchain.com.

Essa divergência entre a quantidade de Bitcoin nas exchanges e em circulação não significa uma redução na quantidade total da criptomoeda.

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Bitcoin nas exchanges

O que ocorre é uma transferência: investidores estão mantendo cada vez menos moedas nessas plataformas, optando por mantê-las sob custódia própria ou através de uma plataforma responsável por ela fora de uma exchange. Esse comportamento reflete o crescente entendimento do mantra do ecossistema cripto que diz “se não são suas chaves, não são seus Bitcoins”.

Ademais, o saldo baixo nas exchanges também reflete a tendência dos investidores de não venderem Bitcoin no curto prazo. Isso ocorre porque a diminuição do saldo nas exchanges é geralmente considerada um sinal de alta, já que o preço do Bitcoin tende a subir quando a demanda supera a oferta.

A perspectiva de que os investidores mantêm seus Bitcoins fora das exchanges, aliada à crescente adoção institucional, aponta para um possível aumento na demanda e, consequentemente, no preço do Bitcoin. Caso o cenário atual persista e mais compradores entrem no mercado, é provável que haja uma alta acima da resistência de US$ 31.000.

A narrativa de adoção institucional vem se fortalecendo, principalmente com movimentos de grandes empresas como a BlackRock, que solicitou o lançamento de um ETF Spot de Bitcoin nos Estados Unidos. A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) está programada para responder a esses pedidos nos próximos meses, despertando grande expectativa no mercado.

No passado, a SEC rejeitou esse tipo de ETF de Bitcoin, então a aprovação desta vez seria vista como um sinal de alta. Caso seja aprovado, a demanda por ETFs poderia reduzir ainda mais a disponibilidade de Bitcoins no mercado, impulsionando uma possível alta em seu preço.

Essa tendência aponta mais para a adoção institucional do que a adoção de investidores de varejo, indicando uma mudança significativa no mercado de criptomoedas.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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