O banco central da Argentina impôs restrições para as compras do dólar norte-americano (USD) em um esforço para conter a queda livre de sua moeda, o peso argentino.
Agora, os cidadãos argentinos estarão limitados a compras de US$10.000 por mês, de acordo com um comunicado publicado pelo Banco Central do país neste domingo, 01 de setembro. Qualquer quantia além do limite exigirá permissão especial do governo, inclusive para poupança – os argentinos têm um histórico muito forte de poupar em dólar, dado o histórico nada confiável de sua moeda local..
Além disso, os exportadores são obrigados a liquidar seus ganhos em divisas no mercado local dentro de um prazo de cinco dias. E nenhuma empresa poderá acumular dólares americanos. Essas medidas visam “manter a estabilidade do câmbio e proteger poupadores”, afirmou o BC.
No mês passado, o peso argentino despencou mais de 30% em relação ao dólar americano depois que o atual presidente do país Mauricio Macri perdeu as eleições primárias. Ações e títulos locais também sofreram: o índice Merval sofreu a segunda maior queda diária da história mundial, atrás apenas do Sri Lanka.
“Compre Bitcoin”
Neste cenário, o Bitcoin mostra-se como um excelente refúgio para um país traumatizado com inflação descontrolada e confiscos do governo nas poupanças em dólar.
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Os argentinos mostraram uma afinidade pelo Bitcoin nos últimos anos, com os volumes de negociação do criptoativo no país aumentando à medida que aumenta a incerteza em torno da economia. No mês passado, um prêmio apareceu nas exchanges de criptomoedas do país.
Agora, com o acesso restrito, a demanda por Bitcoin, um ativo internacional que é impossível de controlar, deve, portanto, aumenta ainda mais. E muitos investidores apostam forte nesse aumento.
“Compre Bitcoin”, escreveu Preston Byrne, advogado focado em criptomoedas, em sua conta no Twitter.
Dados de volume mostraram que os argentinos negociaram mais em peso na Localbitcoins durante a semana passada, indicando uma tendência em se livrar do peso em troca de Bitcoin. E essa tendência pode continuar caso a situação da Argentina piore nos próximos dias.
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