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Resiliência à crise: volume de ICOs em 2018 já é o dobro de 2017, afirma PwC

Que o mercado de criptoativos encontra-se em um momento de baixa não é uma novidade. As recentes quedas no preço dos ativos digitais refletiram na redução de cobertura da mídia e, de certa forma, no interesse do público. Com isso, muitas pessoas acreditaram que todos os aspectos desse mercado iriam cair no esquecimento, especialmente as ofertas iniciais de moedas (ICOs, na sigla em inglês), que experimentaram um enorme crescimento em 2017.

Mas, no que se refere às ICOs, o mercado está longe de viver algum tipo de crise. Segundo um relatório da Pricewaterhouse Coopers (PwC), o mercado não apenas continua em crescimento, como praticamente dobrou o seu valor em relação ao ano passado. E isso em apenas seis meses de 2018.

O show deve continuar!

O relatório da PwC, intitulado Inicial Coin Offerings: A Strategic Perspective (Ofertas Iniciais de Moedas: Uma Perspectiva Estratégica), foi desenvolvido em parceria com o Crypto Valley da Suíça e contou com a participação de sedes do escritório da gigante de auditoria em Zurique (Suíça), Hong Kong (China) e Nova York (Estados Unidos).

Logo em sua segunda página, o documento traz  dados que mostram a força do mercado de ICOs. Nos primeiros cinco meses deste ano, o volume total arrecadado através dessa forma de financiamento chegou a quase US$14 bilhões. Esse valor representa quase o dobro do volume arrecadado em 2017 e corresponde a quase o dobro da soma dos valores de todos os anos anteriores (a tabela traz dados desde 2013).

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Além volume de dinheiro das ICOs ter aumentado, a quantidade de projetos nesse formato também segue em alta: já são 537 nos primeiros cinco meses deste ano. Em 2017, o total de ICOs lançadas, segundo a PwC, foi de 552. Portanto, a tendência é que esse número seja superado no decorrer de 2018.

O relatório também destaca as ICOs do Telegram e da EOS, com valores arrecadados de US$1.7 e US$4 bilhões, respectivamente. Segundo a PwC, essas duas ofertas inauguraram o que foi chamado de “ICO unicórnio”. O termo “unicórnio” é usado quando uma startup alcança US$1 bilhão em valor de mercado.

Regulações e pólos de inovação

De acordo com o relatório, Estados Unidos, Cingapura e Suíça são os três centros mais importantes para ICOs no mundo, em grande parte devido ao progresso na regulamentações locais. A Suíça, em particular, beneficia-se do “Crypto Valley” de Zug com seu foco consistente em startups de blockchain e fintech.

Já os países menores e as cidades-estados, como Hong Kong, Gibraltar, Malta ou Liechtenstein, tiveram algum sucesso copiando os modelos compatíveis com criptomoedas de Cingapura e da Suíça.

Em relação à regulação, o relatório identificou três abordagens diferentes que estão sendo implementadas  ao redor do mundo:

“Os EUA usam um sistema centralizado no qual todos os tokens oferecidos pela ICO são negociados como títulos. Na Europa, por outro lado, uma regulamentação diferenciada prevalece. A FINMA, por exemplo, classifica os tokens em três subtipos: ativo, pagamento e utilidade. Não se trata de um investimento real, mas permite ao comprador acesso direto ao produto ou serviço da ICO. Finalmente, na Ásia, a regulamentação é muito heterogênea, indo da proibição estrita à promoção ativa dos projetos realizados via ICOs.”

Com mais países caminhando para a criação de regulamentações seguras para a realização de ofertas iniciais de moedas, tudo indica que essa modalidade – e outras similares – de investimento poderão ganhar mais força em 2018 e ajudar a trazer para o mercado uma nova tendência de alta.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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