Relatório aponta que a Tether realmente possui fundos para garantir seus tokens

A corretora de criptomoedas Bitmex, através da sua divisão de pesquisa Bitmex Research, área que tem sido amplamente elogiada pelo universo cripto, publicou nesta semana um relatório que pretende esclarecer uma série de questionamentos relacionados à possíveis fraudes envolvendo a Tether.

Segundo a Bitmex, os tokens Tether (USDT) possuem realmente reservas em dólares, que estão armazenadas, provavelmente, no Noble Bank em Porto Rico. Conforme publicado recentemente pelo Criptomoedas Fácil, um dos fundadores da Tether está envolvido em um projeto justamente no país caribenho.

“Existe algum ceticismo sobre a Tether, com acusações de que o sistema não é apoiado por reservas suficientes. Achamos que este ceticismo está mal colocado. Encontramos possíveis evidências em dados financeiros publicados, cujo o impacto da Tether pode ser visível no sistema bancário de Porto Rico”, dizia o relatório.

O relatório da Bitmex reprova vários rumores, dando a entender, inclusive, que o ataque hacker que a Tether sofreu no ano passado só fez mostrar o compromisso da empresa para com os seus clientes, além da sua capacidade de se recuperar de possíveis ataques. A Tether teve que realizar um hard fork para congelar os fundos roubados, segundo o relatório “isso levanta a questão de porque a Tether se preocupa em colocar o banco de dados nas blockchains Bitcoin e Ethereum, seria muito mais barato para a Tether criar sua própria base de dados pública sem precisar pagar taxas para os mineradores”, demonstrado a atitude deve trazer mais credibilidade ao token.

A Bitmex Research chegou a sinalizar a falta de transparência da Tether, mas observou que “a falta de transparência não indica fraude”. Segundo o site Bitcoin.com, agência de notícias especializada no universo cripto, essa afirmação vai de encontro com relatório de Nicholas Weaver, pesquisador de segurança, que, assim como a Bitmex, sinaliza que a criptomoeda pode ser usada para lavagem de dinheiro devido à sua estabilidade, aceitação, circulação global e anonimato.

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Por fim, o estudo conclui que a empresa enfrenta um grande dilema. Ou ela adota ações para impedir seu potencial de atrair criminosos (e com isso mudaria totalmente seu sistema atual) ou então sofrerá perseguição das autoridades reguladoras que podem levar a empresa a ser bloqueada. “Acreditamos que a Tether tem apenas duas opções: reformar o sistema existente e implementar normas de conhecimento de cliente (KYC, na sigla em inglês) e de anti-lavagem de dinheiro (AML, na sigla em inglês), ou manter o sistema no formato atual, o que manterá o risco de encerramento compulsório pelas autoridades”, resumiu a Bitmex, que também recomendou que os não usuários deixem seus fundos em USDT por um longo período de tempo.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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