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Regulação de blockchain está na mira do Reino Unido em futuro acordo comercial com os EUA

Após a efetivação do Brexit, o Reino Unido está aberto – e pronto – para negociar acordos de comércio bilaterais em todo o mundo. E desses, o principal parceiro comercial do país são os Estados Unidos.

Por conta disso, o negociadores de comércio do Reino Unido querem influenciar a regulamentação global da blockchain em suas próximas negociações de livre comércio com os Estados Unidos. Tal objetivo foi divulgado, junto com os demais objetivos de negociação, pelo Departamento de Comércio Internacional do Reino Unido (DIT, na sigla em inglês).

O plano é direto e a “oportunidade”, como o DIT chamou, é clara. Em seu plano de ação de 184 páginas lançado em 02 de março, o diretor de comércio pós-Brexit do Reino Unido disse que “procurará entregar” termos favoráveis ​​de comércio digital para pequenas e médias empresas, incluindo aquelas que trabalham com blockchain.

“Em áreas como fluxos de dados, blockchain, carros autônomos e tecnologia quântica, temos a oportunidade de ajudar a moldar as regras globais por meio de disposições comerciais comerciais ambiciosas”, afirma o documento.

O documento não forneceu detalhes reais e o DIT se recusou a dar mais detalhes sobre sua posição antes do início das negociações. Essas discussões ganharam maior importância pós-Brexit, especialmente considerando os laços comerciais já estreitos do Reino Unido com os EUA.

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Peter Hunn, CEO da Clause, empresa de API de contratos inteligentes, disse que um acordo entre os dois países pode ser benéfico para o mercado da blockchain.

“Há muito que pode ser feito aqui para fornecer interfaces padronizadas usando sistemas DLT e código de contrato inteligente que reduzem os encargos administrativos, financeiros e de conformidade”, disse ele.

O DIT parece ter priorizado o estabelecimento de uma forte parceria comercial digital em sua próxima estrutura, visando mitigar possíveis efeitos negativos do Brexit em sua economia. Um capítulo inteiro dos objetivos de negociação trata do “comércio digital”, incluindo proteção de dados, Internet aberta e fluxos de dados transfronteiriços, entre outras questões.

O Reino Unido busca “tornar o acordo moderno, antecipando rápidos desenvolvimentos tecnológicos”, de acordo com um comunicado à imprensa divulgado em 01 de março.

Existem alguns pedidos de parcerias transfronteiriças em relação a criptoativos no relatório. Em um apêndice que resume o período de comentários públicos do acordo comercial do DIT, realizado no verão de 2018, diz-se que algumas “associações empresariais” pressionaram o DIT para obter laços mais estreitos com as fintechs.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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