Conforme noticiado pelo portal Computer World no dia 04 de março, a Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP) e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) firmara uma parceria com o consórcio R3, que consiste na utilização da blockchain empresarial Corda no projeto Rede Blockchain do Sistema Financeiro Nacional (RBSFN).
A RBSFN já possui um caso de uso, chamado Device ID, que consiste na utilização de tecnologia blockchain para compartilhar informações de dispositivos móveis, ajudando a reconhecer casos de fraude.
A RBSFN foi anunciada no evento CIAB Febraban, realizado em junho de 2019, justamente com o intuito de compartilhar informações de forma segura entre instituições bancárias. À época, foi informado que a rede contava com bancos tradicionais, dentre eles J.P Morgan, Itaú, Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, dentre outros.
Contudo, ao ser anunciada, a iniciativa se baseava sobre a Hyperledger Fabric – protocolo blockchain da IBM. Ainda não se sabe se o projeto será desenvolvido simultaneamente entre Corda e Hyperledger, embora a declaração de Joaquim Kavakama, Superintendente Geral da CIP, dê a entender sobre uma possível interoperabilidade:
“Com o Corda R3 ampliamos as opções para os participantes da RBSFN, fornecendo opções de plataformas adequadas a cada modelo de negócio e caso de uso. Futuramente forneceremos a interoperabilidade entre plataformas. Acreditamos que será uma parceria de sucesso e que agregará muito valor ao sistema financeiro.”
O Diretor Geral da R3 no Brasil, Keiji Sakai, se mostrou ansioso sobre as possibilidades que a parceria traz em uma de suas declarações:
“Por sua arquitetura única, que garante privacidade em ambientes de ledger distribuído, acreditamos que o Corda se encaixa perfeitamente nos casos de uso em que a confidencialidade das informações é o principal requisito. Para nós, é um grande privilégio contribuir com a experiência global que a R3 tem no mercado financeiro, junto aos projetos da CIP e Febraban.”
Sakai acrescenta:
“A privacidade e segurança das informações aliadas à interoperabilidade de aplicações em sua rede tornaram Corda uma escolha natural para instituições financeiras, seguradoras e infraestruturas de mercado financeiro como a CIP, para os casos de uso onde a confidencialidade das informações são críticas para a operação.”
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