Receita dos EUA quer invadir carteiras offline de criptomoedas dos investidores

Uma das máximas do mercado de criptomoedas é: exchange não é carteira. Afinal, as corretoras de criptomoedas podem, em tese, ser mais facilmente hackeadas do que as carteiras offline, por exemplo, as “hardware wallets”, como são chamadas em inglês.

Ocorre que isso pode estar prestes a mudar. Pelo menos é o que pretende o Internal Revenue Service (IRS), a Receita Federal dos Estados Unidos.

De acordo com um relatório da Vice, publicado nesta quinta-feira (29), o IRS está recrutando hackers para invadir carteiras de hardware de criptomoedas.

IRS quer acessar fundos de carteiras de investigados

Em março deste ano, a agência publicou em seu site um documento chamado “Desenvolvimento de técnicas de exploração contra criptomoedas”.

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Nele, o braço de aplicação da lei da agência tributária, o IRS Criminal Investigation, pede ajuda para encontrar soluções para hackear carteiras de criptomoedas que possam ser de interesse em investigações:

“A descentralização e o anonimato fornecidos pelas criptomoedas promoveram um ambiente para o armazenamento e troca de algo de valor, fora do alcance tradicional das organizações de aplicação da lei e regulatórias”, diz o documento. “Há uma parte desse quebra-cabeça de criptomoedas que continua a iludir as organizações. Milhões, talvez até bilhões de dólares, existem em criptowallets.”

Em seguida, o IRS explica que, muitas vezes, mesmo estando em posse dessas carteiras em alguma investigação, seu conteúdo não pode ser acessado por conta da segurança desses dispositivos.

Assim, a autoridade fica impedida de “investigar o movimento das moedas” e de confiscar e recuperar os fundos.

Nesse sentido, a agência busca soluções e ferramentas que permitam este acesso e que possam ser usadas de forma confiável:

“O resultado explícito deste contrato é domar a pesquisa de segurança cibernética em processos forenses digitais medidos, repetíveis e consistentes que podem ser treinados e acompanhados em um laboratório forense digital”, diz o documento. 

Missão vai ser difícil

Mas a missão de hacker carteiras será desafiadora. Conforme ressaltou o pesquisador de segurança, Andrew Tierney, as carteiras de hardware estão ficando cada vez mais seguras. 

“Outro desafio, é claro, é que os fundos não estão realmente na carteira. Apenas as chaves. Se o dono souber que eles estão atacando e puder agir, os fundos podem ser movidos”, disse Tierney.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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