Economia

Real Digital: especialista aponta 3 impactos no mercado com chegada da CBDC

O Banco Central deve iniciar nas próximas semanas a etapa de testes de uma versão piloto do projeto Real Digital. Trata-se de uma fase inicial da versão eletrônica da moeda brasileira, que poderá entrar em circulação já no próximo ano.

Entre os bancos que estarão nessa etapa, destacam-se os mais tradicionais, como o Itaú Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil. Na lista, também estão as instituições digitais, como Nubank, Banco BV, BTG e a exchange Mercado Bitcoin.

Participam ainda outras empresas bastante conhecidas do setor financeiro por meio de consórcios, como é o caso da TecBan (operadora do Banco 24 Horas). Além disso, estão nesse contexto as parcerias de algumas cooperativas, (Sicoob e Sicredi), fora outros bancos (Santander) e operadoras de cartão (Visa).

Em nota, o BC informou que a fase piloto vai incluir testes para medir a privacidade, o funcionamento dos programas de serviço do Real Digital e a interoperabilidade entre as instituições.

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“Teremos menos custos no processo bancário como um todo. Por outro lado, o nível de bancarização já vem crescendo através de fintechs e dos novos players de mercado e a moeda digital deve estimular isso ainda mais”, avalia Ruy Rede, CEO da BTTECH.

Para o especialista, que tem forte atuação no setor financeiro, a chegada do Real Digital trará três impactos no mercado brasileiro.

Real digital

Na avaliação do CEO da BTTECH, a implantação da moeda digital brasileira poderá ser uma via interessante para investidores e correntistas que não confiam nas criptomoedas presentes no mercado atual. Nesse caso, o Real Digital entra no mercado como uma stablecoin, que prevê a existência de um lastro para transações.

“Uma moeda regulada pelo BC mantém esses fatores de confiabilidade de forma significativa. A existência de um banco é baseada em credibilidade e informação e, como consequência, mais segurança”, ressalta.

A chegada da moeda eletrônica regulada pelo Banco Central trará um potencial aumento da inclusão financeira, a exemplo do que já acontece em relação às fintechs, aponta Ruy Rede.

“O Brasil já tem tradição em transformações tecnológicas no setor bancário. Já precisamos trocar a moeda da noite para o dia em diversos planos econômicos. O novo sistema poderá melhorar ainda mais a troca de informações financeiras”, analisa o especialista.

O projeto piloto do Real Digital do BC demonstra que os bancos permanecerão como intermediários das transações da moeda digital, ressalta o CEO da BTTECH.

Segundo ele, através desse trabalho, a expectativa é de que as instituições emitam tokens referentes aos depósitos bancários, obtidos diretamente na autoridade monetária. “Isso acontece porque os bancos foram os primeiros a levar a experiência da tecnologia para a ponta dos dedos dos clientes, o que permite a inclusão digital há muitas décadas”, completa.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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