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Queda do dólar faz apostas aumentarem contra a moeda

Os operadores encerraram o ano de 2020 com mais apostas contra o dólar. Essas apostas foram medidas com base nas negociações do índice ICE U.S. Dollar, negociado nas bolsas dos Estados Unidos.

Segundo a Bloomberg, as posições futuras de apostas na queda do dólar atingiram o maior valor desde março de 2011. Naquela ocasião, o mundo ainda vivia os efeitos da crise de 2008.

Índice cai 6% em 2020

O indicador da moeda americana também é avaliado pela Comissão de Negociação de Futuros e commodities (CFTC, na sigla em inglês). Ele já acumula queda superior a 6% neste ano.

Um dos fatores de risco para o dólar são as políticas do Federal Reserva (Fed). O banco realizou um afrouxamento monetário sem precedentes, com mais de US$ 4 trilhões impressos só em 2020.

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Segundo Vishnu Varathan, responsável por economia e estratégia do Mizuho Bank, em Cingapura, isso dá boas razões para apostar contra o dólar.

“Os hedge funds têm muitos motivos ao buscarem razões para estarem vendidos em dólar. Temos um Fed que está comprometido com uma mudança de paradigma em sua política que reduz significativamente o risco de normalização da política, e um déficit gêmeo em rápida expansão facilita as apostas contra o dólar.”

Dólar fraco em 2021

Outro motivo para a queda foi a menor demanda por ativos vistos como seguros. A medida que o risco da pandemia diminuía, os investidores ficaram mais confiantes para buscar ativos de maior risco.

Afinal, os EUA estão com juros zero, sendo que os juros reais (taxa de juros menos a inflação) já estão negativos. Por outro lado, a valorização do dólar é positiva para os EUA, cuja dívida pública já se aproxima dos US$ 30 trilhões (R$ 150 trilhões).

Para o banco Goldman Sachs, o dólar tende a se desvalorizar ainda mais em 2021. E isso pode beneficiar bastante o Bitcoin.

“Vemos a continuidade da depreciação do dólar em 2021. A dinâmica de liquidez e o fluxo de notícias sobre o vírus podem influenciar o momento da fraqueza do dólar. Porém, a tendência de baixa de médio prazo se mantêm”, disse a equipe da gestora.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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