Segurança

Quase 12% dos tokens da BNB Chain estão vinculados a fraudes, revela pesquisa

Um novo relatório mostrou que a blockchain da Binance, a BNB Chain, é a mais vulnerável para sofrer ataques e golpes. De acordo com a pesquisa da empresa de monitoramento de risco de cripto Solidus Labs, quase 12% de todos os tokens BEP-20 – padrão da BNB Chain – têm relação com fraudes.

Isso é mais que os 8% dos tokens padrão ERC-20, da rede Ethereum, que estão vinculados a fraudes. Em terceiro lugar aparece a rede Polygon, com 1,2% de seus tokens e contratos inteligentes relacionados a atividades ilícitas.

Conforme mostram dados da plataforma DeFi Llama, a BNB Chain representa 10% de todo o valor total bloqueado (TVL, na sigla em inglês) em DeFi, em US$ 5,6 bilhões (cerca de R$ 30 bilhões). O Ethereum, por sua vez, tem 58% do TVL em DeFi, equivalentes a US$ 32 bilhões (R$ 170 bilhões). Já a rede Polygon detém 2,3% do TVL total, com US$ 1,25 bilhão (R$ 6,7 bilhões).

Ataques e golpes no mundo cripto

O relatório ressalta que muitos golpes no mercado cripto, sobretudo os maiores, viram notícias. No entanto, a maioria dessas fraudes não tem tanta repercussão.

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“Enquanto alguns dos grandes rug pulls e golpes são notícias, como o famoso Squid Games Token, que se estima ter custado aos usuários cerca de US$ 3 milhões em fundos perdidos, a imagem completa de nossos dados mostra que a grande maioria desses golpes passa despercebida”, disse a vice-presidente de Assuntos Regulatórios da Solidus, Kathy Kraninger.

Ainda de acordo com o relatório da Solidus, há um registro de 15 golpes por hora no mercado. Só nas últimas duas semanas, a empresa detectou 188.525 fraudes de contratos inteligentes em 12 grandes blockchains, incluindo BNB Chain, Ethereum e Polygon.

O estudo concluiu ainda que cerca de US$ 910 milhões (R$ 4,8 bilhões) em ETH fraudulentos passaram por exchanges reguladas e centralizadas.

De acordo com Solidus, essas fraudes em contratos inteligentes são projetadas para roubar o dinheiro dos investidores de uma forma mais sutil do que outras atividades de exploração semelhantes, como os rug pulls, em que o desenvolvedor drena o dinheiro dos investidores do projeto. Neste caso, um contrato de token fraudulento é implantado, copiando um símbolo de token conhecido para enganar as vítimas a investir.

Hack à BNB Chain

No início de outubro, conforme noticiou o CriptoFácil, a BNB Chain sofreu um dos maiores ataques hackers do ano, perdendo pelo menos R$ 500 milhões. O ataque em questão foi limitado à BNB Smart Chain, mais precisamente à ponte nativa do BNB Chain, o hub BSC Token.

Durante a exploração, o criminoso forjou provas de segurança dentro da ponte, explorando um bug que verifica provas legítimas. Dessa forma, o hacker conseguiu cunhar 2 milhões de tokens BNB, no valor de quase R$ 3 bilhões.

Dados on-chain mostram que o hacker transferiu mais de R$ 500 milhões para redes de terceiros, incluindo Ethereum, Fantom, Polygon, Avalanche e Arbitrum. Mas a maior parte dos ativos permaneceu na carteira do hacker na própria BNB Chain após a equipe paralisar a blockchain.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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