Segurança

É possível ‘hackear’ o Bitcoin?

Em uma nova postagem no X (antigo Twitter), o analista James V. Straten apresentou uma estimativa do custo de um ataque de 51% na blockchain do Bitcoin (BTC).

Um “ataque de 51%” no contexto do Bitcoin ocorre quando um único grupo assume o controle de mais de 50% da taxa de hash da rede e, assim, efetivamente domina a blockchain como um todo.

A “taxa de hash” se refere à medida da quantidade total de poder de processamento que os mineradores têm conectado à rede BTC no momento. Essa métrica é medida em termos de “Exahashes por segundo” (EH/s).

A análise dos dados revela que a taxa de hash de mineração do Bitcoin aumentou recentemente e atingiu um novo recorde. O valor mais recente da métrica está em torno de 464 EH/s.

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É importante notar que essa é apenas uma média semanal, pois a taxa de hash real pode variar bastante de um dia para o outro. Alguns mineradores podem desligar suas máquinas durante períodos de eletricidade mais cara, enquanto outros as ligam. Além disso, há mineradores expandindo suas instalações e novos entrando na rede, enquanto outros podem estar saindo.

Ataque à rede do Bitcoin

Em teoria, um ataque de 51% exigiria que uma entidade ganhasse o controle de mais da metade da taxa de hash da rede. Para esse cálculo, Straten escolheu uma taxa de hash atual de 470 EH/s (que está próxima da média dos últimos 7 dias).

Como a forma mais econômica de atingir o poder necessário seria alugando poder de hash, o analista examinou o custo disso. Com base em dados recentes, Straten estimou que o custo por hora para alugar cerca de 0,1 EH/s de taxa de hash é de 0,19652 BTC (equivalente a cerca de US$ 6.847,08).

Assim, o custo por hora para alugar uma taxa de hash de Bitcoin igual à totalidade da rede atual (470 EH/s, conforme mencionado anteriormente) seria de aproximadamente 38,485 BTC (cerca de US$ 1.340.886,50).

No entanto, além do valor exorbitante, Straten ressalta que isso mostra que é praticamente impossível executar um ataque de 51% na rede Bitcoin, pois essa quantidade de hash não está disponível para compra e, mesmo que estivesse, os pools e provedores certamente redirecionariam o poder de processamento para evitar ataques.

“Essa estimativa pressupõe a disponibilidade de poder de hash suficiente para aluguel. Tudo isso só indica uma coisa: é praticamente impossível atacar ou fraudar a blockchain do Bitcoin”, finalizou.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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