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Qualquer coisa centralizada é suspeita, diz Buterin sobre a FTX

O cofundador da Ethereum, Vitalik Buterin, compartilhou seus pensamentos sobre o fracasso da exchange de criptomoedas FTX. Segundo ele, o caso da FTX não é novidade, pois se trata de uma empresa centralizada. De acordo com Buterin, tudo que é centralizado é um risco. Mas ele reconheceu que o que aconteceu na FTX foi obviamente uma grande tragédia:

“Dito isso, muitos na comunidade Ethereum também veem a situação como uma validação das coisas em que sempre acreditaram: qualquer coisa centralizada é, por padrão, suspeita”, disse.

Buterin

Além disso, o cofundador do Ethereum enfatizou que os protocolos de DeFi funcionam muito bem sem custodiar os fundos dos usuários. Para ele, é mais seguro confiar em um “código aberto e transparente acima dos humanos individuais”. Buterin, no entanto, também alertou que há riscos em DeFi. Isso porque protocolos maliciosos podem embutir códigos suspeitos em contratos inteligentes.

“Tudo que é centralizado é ruim por padrão. Use DeFi e autocustódia, mas lembre-se de que também tem riscos: bugs no código de contrato inteligente. Leia tudo com calma. Previna-se”, afirmou.

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Buterin também comentou sobre o colapso da stablecoin Terra USD e da criptomoeda LUNA, agora chamada de LUNA Classic (LUNC). Ao observar que “falhas como essa são, por um lado, necessárias para o ecossistema”, ele enfatizou que, por outro lado, “gostaria que isso acontecesse quando Terra era 10 vezes menor”.

Recentemente, em entrevista ao Straits Times, ele também alertou sobre a abordagem de Cingapura com relação à regulamentação de cripto. Ele afirmou que a “vontade da cidade-estado de fazer uma distinção entre uso de blockchain e criptomoeda é algo que não faz sentido”.

“A realidade é que se você não tem criptomoeda você não tem blockchain. Da mesma forma, blockchain sem criptomoedas é uma aplicação falsa e que ninguém deve chamar de blockchain”, afirmou.

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Luciano Rodrigues

Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.

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