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Quadrilha do MG lava dinheiro com Bitcoin e “lucra” 1.000%

Uma quadrilha usou Bitcoin para lavar dinheiro de suas operações. Trata-se de um complexo esquema milionário que prometia altos rendimentos com investimentos em ações da bolsa de valores foi desmantelado.

Após a denúncia de um aposentado de 78 anos, que perdeu todas as suas economias no golpe, o Ministério Público de Minas Gerais prendeu a quadrilha responsável pelo esquema.

De acordo com as investigações, os autores do golpe usavam o dinheiro das vítimas para comprar Bitcoin (BTC). Ao todo, uma das contas usadas pelos criminosos adquiriu R$ 140 milhões em Bitcoin.

As investigações revelam que, com a valorização da criptomoeda, o valor investido foi multiplicado por dez. Assim, os criminosos viram o montante passar a valer R$ 1,4 bilhão.

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Golpe lesou 1,5 mil pessoas em R$ 60 milhões

Conforme apontou uma reportagem do Fantástico, que foi ao ar no último domingo (11), o líder do esquema era Cristiano Bianor dos Santos.

Ele vivia em uma casa humilde em Caruaru (PE) antes de montar o esquema. Cinco anos depois, ele já estava bilionário e passou a viver em um apartamento de luxo em João Pessoa, na Paraíba. E foi neste imóvel que Santos foi preso em 25 de março durante a Operação Black Money.

Contudo, antes de ser preso, ele e o restante da quadrilha teriam feito mais de 1.500 vítimas com o golpe que prometia retornos rápidos e rendimentos muito acima do mercado.

A investigação estima que eles movimentaram pelo menos R$ 60 milhões entre 2019 e 2020.

Além do apartamento onde morava, Santos teria adquirido outros 11 imóveis com o dinheiro das vítimas. Além disso, comprou 5 carros de luxo, avaliados em R$ 6 milhões. Entre os veículos estava uma Lamborghini, apreendida durante as buscas em seus apartamentos.

No local, a força-tarefa da operação também encontrou relógios de ouro, dinheiro e até uma espada samurai. Um valor não revelado em Bitcoin também teria sido bloqueado pelas autoridades, segundo a reportagem.

O Ministério Público de Minas Gerais quer usar os bens apreendidos para devolver o dinheiro das vítimas.

Ronaldinho Gaúcho promoveu uma das empresas

As investigações apontam que dois portais na internet atraíam as vítimas que buscavam informações sobre investimentos: “Aprenda Investindo” e “Investing Brasil”.

Quando as vítimas acessavam os sites, eram direcionados para as corretoras “VLOM” e “LBLV”. Lá, elas realizavam transferências bancárias para a organização criminosa.

Uma das vítimas é Madson Caridade, jogador de futebol que atuou pelo Santos e pelo Vasco. À reportagem, ele preferiu não revelar o valor perdido no esquema.

Outro atleta que teve seu nome relacionado ao esquema foi Ronaldinho Gaúcho. Ele chegou a ser garoto propaganda da LBLV, proibida pela Comissão de Valores Mobiliários de captar clientes no Brasil desde julho de 2019.

Mas a defesa do ex-jogador informou que ele assinou um contrato publicitário legal e que não sabia que a empresa era de fachada.

O advogado Jorge Calazans, especialista em esquemas de pirâmides financeiras, explicou ao Fantástico que, normalmente, os golpistas incentivam as vítimas a fazer cada vez mais depósitos.

Em seguida, quando o valor aportado é satisfatório, eles somem com o dinheiro. No caso, os falsos corretores responsabilizavam as vítimas pelas perdas.

“Você cometeu um erro que comprometeu a sua conta”, diziam.

Ainda segundo a reportagem, o dinheiro das vítimas circulava por diversas contas. Umas delas era a da Logus Cobrança e a outra da Jaraguá Cobranças, que comprou os Bitcoins.

Os outros dois membros do esquema eram Felipe Daniel Lagos de Oliveira, preso em Recife, e o irmão Elielson Marcos de Oliveira Júnior, que está foragido. O advogado deles, no entanto, nega a participação no esquema.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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