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PT pede investigação sobre doações em Bitcoin utilizadas para financiar atos de 7 de setembro

Um grupo de deputados federais de oposição entrou com uma petição para que as doações aos protestos de 7 de setembro sejam investigadas. De acordo com o documento, elaborado pelo deputado Rui Falcão (PT/MG), as investigações abarcam inclusive as doações feitas em Bitcoin (BTC).

“Aparentemente, há o uso de recursos provenientes do agronegócio, que estariam bancando caminhões em Brasília, e, ainda, o uso de recursos provenientes de doações feitas por pix e até mesmo por criptomoedas”, diz um trecho da petição.

O documento também cita uma campanha organizada por Leonardo Rodrigues de Jesus, o Léo Índio, sobrinho do presidente Jair Bolsonaro. Conforme relatou o CriptoFácil, Índio divulgou a aceitação de BTC após o bloqueio das chaves Pix utilizadas na campanha.

Outras fontes são investigadas

A petição do PT utiliza uma reportagem do canal Meteoro Brasil, gravado na quarta-feira (8). O vídeo investiga possíveis pagamentos aos manifestantes que estiveram nas ruas durante o feriado.

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Vários trechos e imagens do vídeo são utilizados como argumentação pelo PT. Em um trecho, um dos manifestantes supostamente recebe uma camiseta e a quantia de R$ 100,00. A menção ao dinheiro de fato ocorre, mas a fonte do pagamento não é informada.

“Olha isso, cara, eu achei que era brincadeira, meu. Uma camiseta para cada um, mais o ônibus, mais cem reais para alimentação. Esse é o nosso grupo jato (sic) de Pompeia”, diz um trecho do vídeo.

Além disso, a petição busca identificar se houve uso de dinheiro público no ato. Caso tenha acontecido, o ato pode ser passível de crime por uso indevido de dinheiro público. O vídeo do Meteoro Brasil também cita as doações em BTC, que aparecem em mais outro trecho da petição.

“Demais disso, o uso de doações por meio do sistema de pagamentos conhecido como PayPal ou por através de Bitcoins dificulta a constatação da origem dos recursos e permite, inclusive, doações de recursos de origem estrangeira (o que é vedado pelo art. 31, II da Res. TSE nº 23.607).”

Vale destacar que existem apenas duas menções ao BTC nas nove páginas da petição, sendo que nenhuma delas traz um contexto mais amplo. O documento também ignora que as transações podem ser rastreadas, visto que a blockchain do BTC é pública e auditável.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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