Protestos em El Salvador pedem fim do Bitcoin como moeda local

A Lei Bitcoin, aprovada por El Salvador, não está agradando toda a população do país. Na terça-feira (20), um grupo de manifestantes tomou algumas das principais ruas do país para demonstrar sua indignação com a lei aprovada.

A manifestação foi revelada pelo Diario El Mundo de El Salvador. As imagens compartilhadas pelo portal mostram pessoas marchando pelas ruas com uma bandeira que diz “Não ao Bitcoin”.

De acordo com as informações divulgadas, os protestos seguiram até à sede da Assembleia Legislativa onde foram recebidos pelas deputadas Dina Argueta e Anabel Belloso.

Além disso, o grupo que organizou o protesto foi o chamado Bloco de Resistência y Rebeldia Popular, considerado um movimento de esquerda no espectro político salvadorenho.

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Na pauta apresentada, a organização descreve a Lei Bitcoin como “nefasta, enganosa e não aprovada pelo povo”. Nesse sentido, eles exigem a revogação da lei.

Não ao Bitcoin

Entre outras coisas, os manifestantes argumentam que a lei não teve participação popular. Assim, ela teria sido imposta pelo presidente Nayib Bukele sem consulta ao povo, “improvisada e sem estudos técnicos”.

Ademais, as pesquisas de opinião apontam que o povo e a maioria dos empresários rejeitam a legislação. Isso porque eles acreditam que a lei terá consequências negativas nos preços e na receita.

Ao mesmo tempo, os opositores afirmam que a lei só será benéfica para algumas pessoas. Os protestantes acusam ainda o governo de querer usar a lei para “lavar dinheiro ilícito”.

Há ainda quem alegue que a criptomoeda é altamente volátil e, portanto, meramente especulativa:

“Quem converte 100 dólares em Bitcoin pode ficar com a metade no dia seguinte”, dizem.

Isenção fiscal é questionada

Outro ponto questionado pelos manifestantes são as alegadas isenções fiscais para empresários que colocarem seu capital em Bitcoin e os gastos públicos para a implementação da lei. 

Para os representantes do Bloco de Resistência e Rebelião Popular, todo esse dinheiro poderia ser usado para amenizar a situação de pobreza vivida por 40% da população do país. 

Por fim, eles argumentam que o BTC facilitaria atividades ilegais, como corrupção, tráfico de drogas, armas e pessoas e evasão fiscal.

Mais precisamente, dizem que o Bitcoin “causaria caos monetário, afetaria os salários, pensões e poupanças das pessoas”.

Dessa forma, a adoção da moeda digital afetaria as empresas, as famílias de camponeses e também a classe média.

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Luciano Rodrigues

Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.

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