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Propostas para regulamentação de criptomoedas serão apresentadas em julho

O Bitcoin e as criptomoedas foram alguns dos principais assuntos do G20, evento que aconteceu nos dias 19 e 20 de março, na Argentina. O tema esteve entre as principais discussões do grupo, que também debateu o protecionismo global. A Conferência de Imprensa Final sobre as reuniões ocorrida nesta terça-feira, teve as criptomoedas presentes nas falas de todos os ministros de finanças e presidentes de bancos centrais.

Os representantes da Argentina Frederico Sturzenerner, presidente do banco central, e Nicolas Dujovne, ministro das finanças, em nome do G20, afirmaram que as regras claras sobre o processo de regulamentação das criptomoedas serão apresentadas em julho deste ano, durante a Terceira Reunião de ministros de finanças e presidentes de bancos centrais, que acontecerá nos dia 21 e 22, em Buenos Aires.

“A regulação das criptomoedas foi debatida mais intensamente hoje pela manhã. Em espanhol, pode-se usar a palavra criptomoeda ou criptoativo, mas a palavra criptomoeda é muito forte. Eu prefiro a palavra criptoativo, que também foi a que decidimos por usar aqui, porque eles podem exercer a função de moeda, como meio de troca, mas não são consideradas moedas por não terem as características principais que uma moeda deve ter. Os criptoativos são uma inovação e, assim, era um tema que exigia o debate no G20, devido à importância para a economia mundial.”, afirmou Sturzenerner.

Sturzenerner também disse que os debates foram intensos dentro do G20, muito provavelmente devido às diversas posições das nações que integram o grupo e também às diversas atividades ilícitas que podem ser conduzidas por meio das criptomoedas. “O debate foi importante porque – por exemplo – hoje, os criptoativos são um canal/veículo para lavagem de dinheiro, financiamento de terrorismo, que são temas que preocupam uma organização multilateral como o G20. Por isso os criptoativos são um dos pontos chaves do debate, pois eles precisam ser regulados de alguma forma, para impedir os crimes que podem ser cometidos por meio deles”, concluiu.

Os representantes do G20 fizeram questão de salientar que não há uma posição do grupo em proibir a circulação de criptomoedas e, segundo a própria organização do G20, “os criptoativos são uma boa forma de melhorar o sistema de pagamento global e diminuir a disparidade social”. Por fim, salientaram que as propostas de regulamentação serão apresentadas em julho deste ano e que as criptomoedas mostraram que os sistemas de pagamentos tradicionais precisam passar por uma modificação.

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“A agenda dos cripotoativos dividiu-se em duas vertentes. Uma que trata sobre como devemos regular, por isso em julho, o grupo responsável por discutir o tema deve vir com propostas de não necessariamente regular, mas de possibilidades e quais as questões que temos que levar em conta, quais instituições podem estar supervisionando isso. Outra foi o tema de melhorar nossos próprios sistemas de pagamentos tradicionais, pois se os sistemas de pagamentos tradicionais não podem cumprir seus objetivos de maneira eficiente, basicamente há um espaço para os que os criptoativos capturem este mercado. A agenda mostrou que isso foi extremamente positivo, pois o surgimento dos criptoativos obrigou o sistema de pagamentos tradicional a melhorar. Nós tomamos consciência disso e temos um compromisso que o debate é parte desta agenda multilateral que estamos trabalhando.”

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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