Economia

Promotores querem manter CZ nos EUA até fevereiro por ‘risco de fuga’

O ex-CEO da Binance, Changpeng Zhao (CZ), terá que ficar nos Estados Unidos pelo menos até o fim de novembro após se declarar culpado de várias acusações e renunciar ao seu cargo em um acordo da exchange com o Departamento de Justiça dos EUA (DOJ).

Contudo, os promotores federais responsáveis pelo caso querem que ele fique no país até fevereiro de 2024 por “risco de fuga”.

CZ se declarou culpado do crime de violação da Lei de Sigilo Bancário dos EUA e sua sentença será proferida em fevereiro do ano que vem. Em um processo judicial divulgado na quarta-feira (22), os promotores disseram que CZ, como cidadão dos Emirados Árabes Unidos (EAU), tem “laços mínimos com os EUA”. Dessa forma, ele pode não retornar ao país caso seja autorizado a sair de lá.

De acordo com os promotores, o pedido não é para que o ex-CEO da Binance seja preso antes da sentença. Em vez disso, os federais querem apenas garantir que CZ estará nos EUA no dia de seu julgamento, previsto para o dia 23 de fevereiro. Em caso de condenação, o fundador da Binance poderá pegar um ano de prisão e ter que pagar uma nova multa.

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CZ se declarou culpado e renunciou ao seu cargo na maior exchange de criptomoedas do mundo na última terça-feira, conforme noticiou o CriptoFácil. Ao mesmo tempo, a Binance também se declarou culpada de diversas acusações criminais e civis. Além disso, a exchange concordou em pagar US$ 4,3 bilhões em multas, uma das maiores multas corporativas na história do DOJ.

CZ ficará nos EUA até julgamento?

No acordo firmado com o DOJ, CZ se comprometeu a ficar nos EUA até o dia 27 de novembro. Depois disso, ele pode deixar o país, pois alocou US$ 15 milhões numa conta fiduciária, assinou um título de reconhecimento pessoal de US$ 175 milhões e encontrou fiadores que podem depositar fundos adicionais.

Contudo, para os promotores, essas medidas não são suficientes. Isso porque se Zhao não voltar ao país, não será possível garantir o título de US$ 175 milhões. Além disso, não existe um tratado de extradição entre os Emirados Árabes Unidos e os EUA.

Por outro lado, a defesa de CZ argumentou que mantê-lo nos EUA até fevereiro do ano que vem seria um sofrimento para ele e para sua família. Afinal, sua esposa e filhos não podem se mudar para os EUA até a sentença de fevereiro. Agora, caberá ao juiz distrital Richard Jones decidir o futuro do ex-CEO da Binance.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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