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Programadores podem ganhar até R$ 1 milhão para encontrar erros em atualização do Bitcoin

O Taproot mal completou três meses de existência, mas a rede do Bitcoin (BTC) já está de olho em uma nova atualização. E os desenvolvedores que encontrarem erros na proposta podem levar até R$ 1 milhão.

Intitulada Bitcoin Improvement Proposal 119 (BIP-119), a proposta foi apresentada há dois anos, mas começou a ganhar repercussão em 2021. Seu objetivo é criar novas funcionalidades de como se enviar dinheiro pela rede, sobretudo em casos de herança.

Outro recursos importante da proposta é o CTV, que adiciona recursos para validação de mais transações na rede. Em suma, a rede poderia aumentar sua capacidade de transações, sobretudo em horários de pico. Consequentemente, as taxas pagas nestes momentos também seriam menores.

No entanto, a medida gerou polêmica na comunidade, que alertou sobre os riscos que a BIP-119 pode trazer à blockchain. O programador Jeremy Rubin, autor da proposta, resolveu colocar a pele em jogo, oferecendo US$ 10 mil a qualquer um que encontrasse erros no sistema.

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Recompensa inicial gera corrente de doações

Cabe destacar que a maioria dos desenvolvedores do Bitcoin Core não recebe pagamento. Os recursos destinados ao projeto são proveniente de doações, inclusive de grandes empresas. Alguns desenvolvedores são pagos por estas companhias, mas nenhum dinheiro para isso sai do Bitcoin Core em si.

Nesse sentido, a recompensa proposta por Rubin sairia de seu próprio bolso. Ele mesmo se dispôs a arcar com o pagamento de qualquer erro descoberto na proposta.

O objetivo da medida é garantir a segurança da proposta, bem como a lisura de uma avaliação independente. Ao ver a iniciativa de Rubin, no entanto, uma série de apoiadores do Bitcoin Core começaram a ajudar doando valores.

Com isso, a recompensa inicial, equivalente a R$ 56,9 mil na cotação desta terça-feira (4), transformou-se em uma verdadeira corrente. Rubin publicou uma lista com os apoiadores da campanha no Twitter, cujos números cresciam a cada hora.

Até mesmo grandes nomes como Adam Back (CEO da Blockstream) e Dan Held, da exchange Kraken, aderiram ao movimento. Como resultado, Rubin conseguiu acumular cerca de 3,6 BTC até o momento, o que dá uma recompensa de R$ 945 mil com base cotação atual da criptomoeda (R$ 262.771).

Rubin agradeceu aos seus apoiadores e se revelou surpreso com a iniciativa. O programador destacou que essa união é um dos aspectos que fazem o BTC ser um “dinheiro forte”.

“Isto não é um jogo. O Bitcoin é um dinheiro sólido e queremos revisão e segurança igualmente sólidas em primeiro lugar. Mas também não podemos perder o impulso em fornecer funcionalidade para trazer mais usuários para Bitcoin e manter todos os bitcoiners seguros”, disse.

O objetivo do fundo não é criar uma competição, disse Rubin, mas sim incentivar a busca por falhas na BIP-119. Por isso que o dinheiro será dividido entre todas as pessoas que encontrarem erros na proposta, o que deve incentivar a atração de talentos e permitir que a BIP-119 tenha o mínimo possível de falhas.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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