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Professor brasileiro diz que ficar de fora da quarta revolução industrial trará consequências imensuráveis

Gil Giardelli é pesquisador, professor e ativista da web, como se auto-define. Além de ter criado o MBA de Gestão da Mudança e a Transformação Digital para o CNI (Conselho Nacional da Indústria), ele também criou o primeiro curso no Brasil sobre o universo digital, denominado Ações Inovadoras em Comunicação Digital, além de outros cursos focados em tecnologia.

Durante o programa F5, produzido pelo portal de notícias InfoMoney, Giardelli destacou que é chegada a era dos “tempos pós-normal”, no qual impera as contradições, as complexidades e o caos. Ele diz, ainda, que a velocidade da transformação atualmente é tamanha que nem os projetos de governo vistos recentemente conseguirão se sustentar frente ao caos e que neste sentido, os países que não se atualizarem com urgência ficarão para trás.

“Porque você ficar longe da corrida da primeira, segunda e da terceira revolução industrial te trazia consequências sérias, mas agora, ficar longe da quarta revolução industrial, as consequências disso ainda não são possíveis de serem mensuradas”, diz.

Ainda segundo o professor, a blockchain e seu potencial de descentralização são capazes de simplesmente acabar com o conceito de estado-nação – uma vez que espaço concreto torna-se um conceito cada vez menos essencial.

“Blockchain é um novo conceito que vai levar a discussão sobre o próprio conceito do que é o Estado Nação, a educação da forma como é concebida até hoje, o espaço concreto e a ala cronometrada já não cabem mais neste novo cenário. A democracia que eu prezo muito e que eu acho que é o melhor que nós temos hoje, infelizmente, está sendo completamente destroçada, não só aqui, mas no mundo inteiro”, destaca Giardelli.

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O pesquisador ainda falou sobre outros assuntos como Inteligência Artificial e os empregos que serão extintos com as novas tecnologias. Sobre o Brasil, Giardelli criticou a lógica eleitoreira dos governos que não conseguem construir um projeto de país mas ações pontuais, focadas em pensamentos de quatro e até mesmo dois anos, seguindo desta forma, o tempo de governo de cada gestão, não considerando assim importante um planejamento de longo prazo de nação, o que prejudica todos os setores da economia.

No entanto, mesmo com sua lógica, o professor ainda está otimista com o país e acredita que o Brasil, assim como a China, pode dar “saltos” tecnológicos e, assim, alcançar e até liderar os desenvolvimentos futuros.

“Os chineses não tiveram a era do PC, caíram direto nos celulares. Não tiveram a bancarização tradicional e já usam muito pagamento pelo celular, não de plástico. O Brasil vai ter que dar esses saltos em certas frentes”, finaliza.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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