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Primeira universidade do mundo baseada em blockchain abrirá suas portas no próximo ano

Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Oxford, na Inglaterra, pretende abrir a primeira universidade baseada em blockchain do mundo ainda este ano – chamada Universidade Woolf, a instituição utilizará a tecnologia para proporcionar aos alunos uma educação individual que seja mais barata do que as universidades típicas.

De acordo com o artigo publicado pela agência de notícias News BTC, o principal atrativo da nova universidade para os estudantes será o custo abaixo da média que resulta do uso da blockchain para remover os intermediários envolvidos na academia, incluindo os reguladores e as equipes administrativas.

A nova universidade custará US$19.200 por ano, e a escola espera ter professores de classe mundial ao oferecer salários e benefícios competitivos. Embora esse custo pareça alto em comparação com muitas universidades em todo o mundo, ele é mais de US$10 mil a menos por ano do que a média de uma universidade privada, com algumas estimativas colocando a mensalidade média em US$32,4 mil.

Joshua Broggi, fundador da Universidade Woolf e pesquisador da Universidade de Oxford, falou à ABC News sobre a novidade:

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“A blockchain da Woolf é projetada para cortar a camada intermediária da burocracia entre a sala de aula e o regulador. A plataforma foi projetada para oferecer aos alunos e professores a propriedade absoluta de seus dados pessoais.”

Especula-se que a nova universidade possa ser estabelecida na ilha insular do Mediterrâneo Malta e espera-se que ofereça dois tipos de cursos, tanto online quanto no campus, para atingir o número máximo de alunos.

O novo sistema e remuneração competitiva chamou a atenção de professores das principais universidades, incluindo a Universidade de Oxford, a Universidade de Cambridge e o King’s College London.

Originalmente, a equipe planejava conduzir uma oferta inicial de moeda (ICO, na sigla em inglês) em um esforço para angariar fundos, mas eles descartaram esses planos devido às preocupações regulatórias em torno da definição legal das ICOs, muitos das quais estão sendo definidas como títulos.

Ceticismo cercando a universidade baseada em blockchain

Apesar de parecer um novo caso de uso promissor que mostra o quão difundido é o alcance da blockchain, alguns especialistas estão expressando ceticismo em relação à necessidade e à praticidade de usar a tecnologia para construir uma universidade mais eficiente.

Michele Finck, autora de “Blockchain Regulation and Governance in Europe”, expressou dúvidas quanto ao ponto da nova universidade, dizendo:

“Em um nível fundamental, o projeto não entende o que é uma educação universitária. Certamente há o elemento educacional em um sentido estrito, mas, mais amplamente, também é sobre aprender uma série de habilidades sociais e fazer parte de uma comunidade do mundo real que apoia, estimula e desafia você no seu caminho para a vida adulta.”

Ela também disse que duvida que a universidade venha a ser aprovada sob as atuais leis europeias de proteção de dados, e que o custo se mostrará um grande obstáculo.

“Do ponto de vista econômico, não vejo como isso funcionaria. Os custos da mensalidade são de US$19.200 por ano. Muitas [universidades] poderiam se beneficiar da adoção da tecnologia. Não está claro para mim o que a blockchain acrescentaria à educação”, acrescentou Finck.

Apesar dessas dúvidas, Broggi ainda está otimista em relação à universidade centrada no blockchain, acrescentando que o mundo precisa de mais universidades e que mais estudantes estarão à procura de universidades mais acessíveis, à medida que as taxas de aceitação continuam diminuindo.

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Amanda Bastiani

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