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Prêmio Nobel de economia diz que o Bitcoin é uma regressão na história do dinheiro

Enquanto alguns economistas acreditam que o Bitcoin poderá atingir até US$500 mil em 2024, outros, como o norte-americano Paul Krugman, vencedor do prêmio nobel de economia em 2008 (coincidência ou não, mesmo ano em que o white paper do Bitcoin foi publicado), são totalmente descrentes em relação aos avanços das criptomoedas. Krugman argumentou, em sua coluna no New York Times, que o Bitcoin representa uma regressão econômica de 300 anos e “provavelmente” experimentará um “colapso total”.

Não é de hoje que o Prêmio Nobel critica as criptomoedas, para ele, elas tem dois grandes problemas que seriam seus custos de transação e “falta de tethering” (um termo irônico, dada à controvérsia em torno do USDT emitido pela Tether). Krugman argumenta que, ao longo da história, o dinheiro evoluiu gradualmente para transações sem atrito, culminando no atual regime monetário centrado em torno dos cartões de crédito e débito e outros tipos de métodos de pagamento digitais.

Desta forma, o Bitcoin, diz ele, representa uma regressão evolutiva de 300 anos porque reintroduz o atrito no ecossistema monetário na forma dos custos associados às transações de mineração e na validação da história da blockchain.

“Por que você gostaria de fazer isso [usar criptomoedas]? Qual problema isso resolve? Eu ainda não vi qualquer resposta clara para esta pergunta”, escreveu.

Para reforçar seus argumentos contrários ao Bitcoin, Krugman ressalta as dificuldades das criptomoedas em ser firmarem como meios de troca devido ao custo das transações, volatilidade das moedas e tempo de validação na blockchain. Além disso, segundo ele, as pessoas detém BTC unicamente para atividades criminosas, incluindo evasão fiscal e, ao contrário das moedas fiduciárias, cujo valor é, de certa forma, garantido pelos “homens com armas” em referência ao poder do Estado Nação, o Bitcoin não possui qualquer entidade que lhe garanta o preço, sendo este puramente determinado pela especulação.

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“Criptomoedas, por outro lado, não têm recuo, nenhuma ligação com a realidade. Seu valor depende inteiramente de expectativas auto-realizáveis ​​- o que significa que o colapso total é uma possibilidade real. Se os especuladores tivessem um momento coletivo de dúvida, repentinamente temendo que os Bitcoins fossem inúteis, bem, os Bitcoins se tornariam sem valor”, conclui.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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