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Prefeitura de Pequim classifica ofertas de tokens como ilegais

O chefe do Departamento Municipal de Finanças de Pequim, Huo Xuewen, aconselhou projetos que consideram realizar uma oferta de tokens securitizados (STO) que não façam isso, visto que essa operação é atualmente ilegal na capital da China.

De acordo com o portal de notícias CCN, Xuewen comentou sobre a substituição das ofertas iniciais de moedas (ICOs) pelo novo conceito de STOs, dizendo que estas também estavam fora dos limites da lei.

“Vou fazer um alerta de risco para aqueles que estão em Pequim e querem emitir uma STO. Não façam isso aqui”, afirmou.

Uma STO é uma operação que “tokeniza” os ativos, permitindo que os investidores tenham participação dos lucros obtidos com esses ativos, semelhante à uma ação tradicional. Isso costuma ser evitado por muitas ICOs ao ressaltarem que os tokens nessa modalidade não representam uma participação nos lucros, mas eram “tokens de utilidade” ou outros tipos.

Para muitos investidores internacionais, as STOs oferecem o melhor dos dois mundos, combinando a liquidez do método da ICO com a conformidade regulatória dos veículos de investimento mais tradicionais. Mas, por enquanto, parece que as STO serão vistas da mesma forma que as ICOs – pelo menos na capital da China.

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A luta da China contra a disseminação de tokens

O Banco do Povo da China (PBoC) proibiu completamente as ICOs em setembro de 2017 e fechou muitas exchanges de criptomoedas no processo. O PBoC declarou no mês passado que haveria também uma repressão aos “airdrops”, distribuições gratuitas de tokens feitas por empresas.

Um vice-presidente do PBoC, Pan Gongsheng, disse no início do ano que o banco tinha planos de derrubar ICOs sediadas no exterior que continuavam a solicitar investimentos  de cidadãos chineses, afirmando:

“Qualquer novo produto financeiro ou fenômeno que não seja autorizado sob a estrutura legal existente, nós os esmagaremos assim que eles se atreverem a aparecer.”

Em agosto, um distrito chinês também proibiu as empresas locais de participar de eventos ou de fazer qualquer tipo de promoção envolvendo criptomoedas.

Enquanto as autoridades chinesas mantêm sua postura dura em relação à captação de recursos com criptomoedas, outros governos estão mais abertos à captação de recursos via STO, levando muitos projetos de blockchain a abandonar o método da ICO.

Com grandes empresas como a Indiegogo hospedando STOs, o método talvez seja destinado a uma longevidade maior do que a abordagem da ICO, que ficou manchada pela grande quantidade de golpes, projetos fracassados ​​e má reputação na imprensa.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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