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Precisamos das criptomoedas: bancos brasileiros arrecadam R$29 bi com tarifas de conta

Segundo uma publicação do portal Valor Investe feita no dia 14 de fevereiro, os cinco maiores bancos do Brasil angariaram R$29 bilhões em tarifas de contas correntes em 2019. Trata-se de 10% do valor total arrecadado pelos bancos no mesmo ano.

Mesmo com os serviços oferecidos gratuitamente, brasileiros ainda pagam para manter suas contas abertas.

Por que ainda pagam?

O maior motivo é talvez o desconhecimento dos serviços gratuitos, como as contas de serviços essenciais. Nessas contas não incidem cobranças de tarifas, diferente da média cobrada de R$35,70 em 2019.

A reportagem alerta para a cobrança repentina de tarifas sobre serviços que não estão sendo utilizados, e sobre correr atrás dos valores indevidamente cobrados, que devem ser restituídos ao cliente do banco.

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Além disso, caso o usuário não utilize mais a conta, o banco deve perguntar em 90 dias se há interesse em continuar usando os serviços. O banco não pode continuar cobrando indefinidamente pela tarifa referente à conta.

É interessante traçar um paralelo sobre as tarifas bancárias e as criptomoedas. É comum o receio sobre as criptomoedas, como utilizar e suas implicações, o medo com o desconhecimento. Contudo, já há um desconhecimento significativo nos sistemas bancários, razão pela qual bancos continuam enriquecendo por meio do pagamento de tarifas de contas.

Nesse ponto, as criptomoedas podem ajudar.

Carteira é de graça

A reportagem menciona ainda o valor médio do TED, que varia entre R$8,00 e R$15,00. Fora as transações internacionais, que calculam spread da moeda, taxas a serem pagas em ambos os países, dentre outros fatores.

Com as criptomoedas, é muito simples: basta pagar a taxa da rede. Em uma transação de US$1,08 bilhão em Bitcoin, realizada em janeiro deste ano, pouco mais de US$83 foram pagos em taxa.

Fora as carteiras para custodiar criptoativos. A menos que seja comprada uma carteira em hardware, carteiras online (ou carteiras quente) não possuem tarifas, podendo ser criadas livremente. O diminuto valor das taxas transacionais e a liberdade de criação de contas cria uma liberdade para movimentação de fundos aos usuários.

Quando o discurso das criptomoedas levarem serviços financeiros à população que não tem acesso é utilizado, talvez nem todos os fatores sejam levados em consideração. Talvez o fato dos bancos enriquecerem na casa dos bilhões de reais não seja realmente considerado.

Desta forma, não se trata apenas de democratizar o acesso a serviços financeiros, mas combater instituições que enriquecem de forma torpe às custas do desconhecimento da população.

Leia também: Taxa média do Bitcoin cai mais de 90% em relação a dezembro de 2017

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Gino Matos

Tenho 28 anos, sou formado em Direito e acabei fascinado pelas criptomoedas, ramo no qual trabalho há três anos.

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