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Por que o Bitcoin é 40% mais caro na África?

Durante este final-de-semana, o preço do Bitcoin superou US$19 mil em algumas corretora espalhadas pelo mundo, com exceção do continente africano, afinal os usuários da moeda digital do segundo maior e e mais populoso continente do mundo já estavam pagando um alto preço pela criptomoeda. Os preços do Bitcoin na bolsa Golix.com, na África, são 40% maiores do que nos resto do mundo há alguns meses.

De acordo com a News Bitcoin, agência de notícias especializada no universo das criptomoedas, as moedas digitais negociadas na Golix permanecem dentro do continente africano, e como consequência disso um Bitcoin atualmente está sendo negociado por cerca de US$ 32 mil, um pouco abaixo do seu pico máximo que foi de US$ 34 mil. Todos do universo das criptomoedas estão perguntando-se porque é tão caro comprar um bitcoin na África. Recentemente a Golix fez uma postagem em seu blog descrevendo os fatores que têm contribuído para que o preço do Bitcoin seja mais alto no continente africano.

Aparentemente o preço do Bitcoin sempre esteve mais alto em nações como o Zimbábue, a África do Sul e a Nigéria, porém antes a diferença era de apenas cerca de 10%. Uma das razões pelas quais os compradores pagam mais caro por criptomoedas na África é devido à falta de liquidez. Quando há escassez de ofertas, os vendedores estabelecem preços mais elevados tendo a certeza de que a alta demanda cobrirá esses valores. Em países como Nigéria e Angola, compradores chegaram a pagar 100% mais caro por um Bitcoin.

Com a demanda superando a oferta, prejudicados pelas falhas de moedas fiduciárias hiperinflacionárias, muitos países africanos ainda enxergam o Bitcoin superinflacionado como um melhor negócio. Muitas pessoas desses países estão dispostos a pagar qualquer preço para obter uma moeda deflacionária.

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A África é um dos piores lugares do mundo para minerar Bitcoin, afinal é quente, empoeirado e sofre com infraestrutura escassa. Os apagões de energia são uma ocorrência diária em muitas partes do continente, tornando a África totalmente inadequada para a mineração. Na África do Sul, empresas de serviços públicos envolvem-se regularmente em “derramamento de carga“, impondo apagões nacionais para facilitar a demanda na rede elétrica. Na Nigéria, enquanto isso, a fonte de energia nacional é tão irregular que a maioria do país funciona com geradores de energia privados. Conforme publicação feita pelo New York Times em 2015, “toda a capacidade de geração de energia da África subsaariana é menor do que a da Coréia do Sul“.

Problemas de energia à parte, a internet do continente também é escassa, com a maioria dos africanos dependentes de dados móveis. Encontrar uma fonte de energia estável e internet potente para minerar criptomoedas é quase impossível.

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Amanda Bastiani

Amanda destacou-se como uma editora e produtora de conteúdo influente na CriptoFácil.com, onde liderou uma equipe de seis escritores e impulsionou o crescimento da audiência do site para picos de 1 milhão de visualizações mensais. Sua gestão eficaz incluiu a produção, tradução, e revisão de conteúdo especializado em blockchain e criptoativos, além do uso estratégico do Google Analytics e pesquisas com leitores para aprimorar a qualidade e relevância do conteúdo. Sua educação complementa sua expertise, com um MBA focado em Transformação Digital pela FIA Business School, um curso de Gestão de Projetos pela UC San Diego, e graduação em Comunicação Social pela Faculdade Cásper Líbero, preparando-a com conhecimento avançado e uma abordagem ágil necessária para liderar no setor de criptomoedas. Amanda é uma profissional versátil, cujas realizações refletem uma combinação única de habilidade técnica, visão estratégica, e impacto significativo no engajamento e educação da comunidade cripto.

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