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Popular plataforma de criptomoedas pode falir em meio a restrições financeiras

A empresa Bakkt, especializada em criptomoedas, comunicou aos reguladores dos Estados Unidos nesta semana sobre sua situação financeira delicada. A Bakkt atribuiu sua situação ao “ambiente em constante evolução” no setor de criptomoedas.

O comunicado, apresentado à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), indica que a empresa, provavelmente não dispõe de recursos financeiros suficientes para manter suas operações pelos próximos 12 meses.

A Bakkt já firmou parcerias com gigantes como Starbucks e Mastercard. Além disso, tem ligações com a mesma empresa proprietária da Bolsa de Valores de Nova York.

De acordo com o relatório, a Bakkt revelou à SEC sua necessidade de obter financiamento adicional para garantir a continuidade de suas operações nos próximos 12 meses.

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Como consequência desse anúncio, o preço das ações da Bakkt (BAKKT/NYSE), que já havia sofrido uma queda de quase 90% no último ano, registrou uma nova queda após a divulgação do comunicado revisado pela SEC.

O comunicado à SEC chega logo após a empresa de criptomoedas anunciar o seu amplo plano de expansão internacional. Contudo, agora, a Bakkt ressaltou que “há uma incerteza considerável” associada ao seu plano de expansão para novos mercados e ao crescimento de sua base de receita, “dada a rápida evolução do ambiente relacionado aos ativos de criptomoedas”.

Como resultado disso, a Bakkt admitiu que pode não conseguir aumentar substancialmente as receitas sem levantar mais capital financeiro em um futuro próximo.

Empresa de criptomoedas Bakkt pode ficar sem dinheiro

Lançada em 2018 como uma plataforma de criptomoedas desenvolvida pela Intercontinental Exchange, a Bakkt focou inicialmente em possibilitar o uso de ativos digitais pelos consumidores por meio de parcerias com grandes marcas.

Após uma oferta pública inicial (IPO) em 2021, a Bakkt, que entrou no mercado de ações com uma avaliação de US$ 2,1 milhões, adotou uma nova estratégia. Ao invés de atender diretamente aos consumidores, passou a oferecer serviços de negociação e custódia de criptomoedas para instituições financeiras e empresas de tecnologia financeira.

Embora tenha mantido a relação com os consumidores, a empresa expandiu suas operações para o mercado corporativo. O objetivo foi integrar soluções de criptomoedas nos ambientes de seus clientes.

Em abril do ano passado, a Bakkt adquiriu a plataforma de criptomoedas Apex Crypto, que depois virou Bakkt Crypto Solutions. Ainda que esperasse fortalecer sua linha de produtos por meio dessa aquisição, a empresa acabou removendo diversas criptomoedas da plataforma adquirida, incluindo Solana e Cardano.

Recentemente, a Bakkt anunciou sua expansão para América Latina e Ásia, destacando, no entanto, os desafios e incertezas associados a essa iniciativa. O atual cenário de declínio do mercado de criptomoedas e o colapso de grandes players do setor, como a FTX, também contribuíram para a deterioração da situação da empresa.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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