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Polícia Federal encerra operações da Trader Group

Na quarta-feira da semana passada, 15 de maio, o veículo de notícias Gazeta Online noticiou que a Polícia Federal deu fim às atividades de uma empresa que oferecia retornos sobre investimentos feitos com criptomoedas, como resultado da Operação Madoff.

Além de mandados de busca e apreensão cumpridos no Espírito Santo, estado onde a empresa se localizava, a PF agiu também no Acre e no Mato Grosso do Sul – totalizando cinco ordens de busca e apreensão. Dentre os resultados das buscas, estão quatro veículos de luxo e até mesmo um testamento, que deixava aos herdeiros do responsável por arquitetar o esquema instruções sobre como utilizar as criptomoedas.

De acordo com informações da Polícia Federal, a empresa prometia retornos de até 20% ao mês e agia sem a aprovação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Guilherme Helmer, delegado responsável pelo caso, prestou uma declaração:

“Essa empresa que está sendo investigada oferecia um serviço típico de instituição financeira, na medida em que captava valores junto aos seus clientes prometendo em troca remuneração pelo capital investido.”

Junto com o encerramento das operações, foram adotadas ainda medidas como bloqueio de contas bancárias e das criptomoedas presentes em exchanges, bem como derrubadas as páginas presentes na internet relacionadas à empresa.

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Identidade da empresa foi revelada após a remoção das páginas

Na notícia do dia 15 de maio, não foi revelada qual empresa havia sido fechada por meio da Operação Madoff. Contudo, após as páginas do esquema serem desativadas, tornou-se fácil identificar qual instituição era responsável por arquitetar o esquema de fraude.

A Trader Group, empresa em atuação desde 2017, foi identificada como a figura por trás do esquema. A PF suspeitou que as quantias aplicadas por investidores não eram realmente investidas, sendo em vez disso executado um esquema ponzi – quando o capital investido por novos investidores é utilizado para pagar os mais antigos.

O CEO da Trader Group era Wesley Binz que, segundo a Gazeta Online, é reconhecido pela imprensa nacional. Ele já deu entrevistas sobre criptomoedas para portais conhecidos como Exame, Terra e Infomoney. Em uma entrevista realizada em janeiro de 2019 para o portal ES Brasil, ele afirmou que a Trader Group já contava com 950 clientes e declarou:

“Nosso padrão de negócios é o mais avançado e bem estruturado, e servirá de modelo para o futuro. Nossa maior conquista foi também entregar alta performance em reais mesmo em um ano em que as criptomoedas desvalorizaram 70%.”

Até o momento, não houve um posicionamento oficial da Trader Group ou de Wesley Binz sobre as apreensões efetuadas pela Polícia Federal.

Leia também: Polícia Federal cria guia para apreensão de Bitcoin e criptomoedas usados em casos ilícitos

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Gino Matos

Tenho 28 anos, sou formado em Direito e acabei fascinado pelas criptomoedas, ramo no qual trabalho há três anos.

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