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Polícia Civil inicia investida contra quadrilha suspeita de aplicar golpes com Bitcoin

De acordo com uma publicação do G1 feita nesta quinta-feira, 05 de dezembro, a Polícia Civil do Paraná iniciou uma operação contra quadrilha suspeita de aplicar golpes em investidores envolvendo Bitcoins. Com 11 mandados de prisão temporária em mãos, investigadores estão pelas ruas de Curitiba e região atrás dos suspeitos.

Dentre um dos presos, está um agente penitenciário, detido em Curitiba. Segundo informações divulgadas pela Polícia Civil, investidores de Bitcoin eram os alvos, tendo o golpe gerado um prejuízo de R$1,5 bilhão. Os crimes pelos quais os membros da organização estão sendo investigados são estelionato, associação criminosa, lavagem de dinheiro e falsificação de documento particular.

Além dos 11 mandados de prisão, outras 51 ordens judiciais foram emitidas, envolvendo busca e apreensão (11), bloqueio de contas (16) e sequestro de veículos (24). As ordens serão cumpridas nas cidades paranaenses de Curitiba, Pinhais, Piraquara e Pontal do Paraná, além de outras localidades em São Paulo – o que inclui sua capital.

O golpe lesou investidores em seis Estados brasileiros, sendo eles São Paulo, Amapá, Paraná, Maranhão, Minas Gerais e Bahia. Até o momento, a Polícia Civil do Paraná identificou 500 vítimas, embora as estimativas feitas pela autoridade policial revelem que este número pode chegar a 5.000.

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Emmanuel David da Delegacia de Estelionato de Curitiba afirmou que trata-se de um esquema de pirâmide. O site Paraná Portal relatou que as vítimas receberam uma mensagem da empresa, informando que em um prazo de seis meses, os investidores não poderiam fazer saques. A justificativa dada foi uma fraude de cerca de R$20 milhões que a empresa supostamente teria sofrido na Argentina. Contudo, findo o período, o prazo foi novamente prorrogado.

A exchange Braziliex figurou no polo passivo de um dos mandados de busca e apreensão executado em São Paulo. O CriptoFácil conversou com a assessoria de imprensa da exchange, tendo a mesma afirmado que a autoridade policial apenas verificou a existência de informações que ajudassem a chegar nos suspeitos do golpe bilionário. Além disso, foi divulgada uma nota oficial, que pode ser conferida integralmente abaixo:

“Agentes da Delegacia de Estelionato de Curitiba estiveram na sede da Braziliex no dia de hoje, 05/12/2019, buscando informações a respeito de fraudadores e pirâmides financeiras.

Firmando o nosso compromisso com a transparência, esclarecemos que recebemos prontamente os agentes e esta ação em NADA interferiu as operações da empresa. A Braziliex atua com forte política de Compliance e ações para coibir possíveis crimes, portanto, a documentação solicitada foi prontamente disponibilizada por nossa equipe de Compliance.

Reforçamos que a Braziliex mantém fortes práticas e mecanismos para o combate à lavagem de dinheiro através de criptoativos, seguimos nosso trabalho com procedimentos de KYC, utilizando como base jurídica o direito brasileiro, europeu e orientações de organismos internacionais engajados no combate à lavagem de dinheiro.

Todas as funções de compra, venda, saques e depósitos estão funcionando normalmente na Braziliex.

Qualquer dúvida, entre em contato com nossa equipe pelo Chat Online, via ticket em nosso Suporte e redes sociais.”

Nome da empresa divulgado

De acordo com uma carta enviada pela empresa aos seus investidores à qual o CriptoFácil teve acesso, descobriu-se que o nome da empresa é Krypton Unite. Na carta, a empresa informa que estava sofrendo ameaças de investidores, razão pela qual supostamente afastou a antiga equipe de atendimento.

O Paraná Portal também divulgou um vídeo mostrando uma das ações realizadas pela Polícia Civil do Paraná após a deflagração da ação:

Leia também: CBF processa suposta pirâmide financeira por débito de R$12 milhões

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Gino Matos

Tenho 28 anos, sou formado em Direito e acabei fascinado pelas criptomoedas, ramo no qual trabalho há três anos.

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