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‘Playboy do Bitcoin’ é condenado a 1 ano e 2 meses de reclusão e deverá reembolsar investidores

Marlon Gonzalez Motta, conhecido como “Playboy do Bitcoin”, foi condenado a 1 ano e 2 meses de reclusão, em regime aberto, por lesar investidores em um golpe que usava o Bitcoin como isca. 

Ele ficou conhecido em 2019 por executar os supostos golpes através de sua empresa M3 Private.

Os esquemas consistiam em movimentações volumosas de BTC inclusive em outros países, como a China. Marlon recebia dinheiro pela compra de Bitcoins, mas as criptomoedas nunca eram enviadas de volta.

Marlon terá que reembolsar vítimas em R$ 120 mil

Conforme noticiado pelo G1, a sentença foi dada pela 3ª Vara Criminal de Taguatinga, no Distrito Federal.

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Além da condenação por estelionato, o empresário foi sentenciado a ressarcir R$ 120 mil a três vítimas, além do pagamento de multa.

Uma das vítimas a ser ressarcidas aplicou R$ 20 mil em criptomoedas com Marlon em 12 de abril de 2018. A promessa era de um lucro de 3% ao dia sobre o valor investido.

Marlon teria dito à vítima que um robô faria os investimentos com potencial para ganhar milhões. Contudo, quando a vítima solicitou o resgate do dinheiro, não foi atendida.

Já os outros dois processos ocorreram em fevereiro de 2019, quando Marlon recebeu R$ 100 mil das vítimas.

O que disse a defesa

No julgamento, a defesa de Gonzalez negou as acusações. Além disso, afirmou que Marlon foi claro com os investidores ao afirmar que os investimentos eram de “alto grau de risco”.

“Milhões de pessoas ao redor do mundo deveriam ser processadas pelos prejuízos gerados pelos investimentos pelos quais eram responsáveis, o que não ocorre em qualquer país minimamente civilizado, haja vista o notório risco desta modalidade de negócio”, afirmou o advogado Mauro Santos.

A defesa de Marlon pediu a improcedência da denúncia e absolvição do réu. Mas o juiz João Lourenço da Silva considerou que as provas “não deixaram nenhuma dúvida quanto à autoria delitiva e a intenção de obtenção de vantagem ilícita” por parte do acusado.

“Assim, fazendo-se um cotejo [comparação] das provas coligidas, percebe-se que o conjunto probatório é harmônico, estando as provas colhidas na fase policial em consonância com as da fase judicial, percebendo-se que a materialidade dos fatos também se apresenta estreme de dúvida”, afirmou o magistrado.

Golpes do Playboy do Bitcoin

Marlon ficou conhecido após aplicar um golpe com Bitcoin em uma empresa chinesa, chamada Dsundc Limited.

Um acordo de venda de 50 Bitcoins foi firmado entre as partes, com a negociação prevista para ocorrer em Hong Kong. O “Playboy do Bitcoin” enviou um representante ao país, enquanto permaneceu em sua casa em Brasília/DF.

Ele então recebeu R$ 500 mil pelos Bitcoins, e não transferiu os valores para os membros da Dsundc. 

Em 2020, ele também foi alvo da operação “Lobo de Wall Street” da Polícia Civil do Distrito Federal.

A ação foi iniciada após policiais identificarem um falso leilão virtual de veículos que lesou três pessoas em R$ 60 mil. A quantia foi encaminhada a Motta para que fosse feita a lavagem. Contudo, ele ficou com todo o valor.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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