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Plataforma Voto Legal divulga dados sobre financiamento coletivo nas eleições

Recentemente, a plataforma Voto Legal, sistema de financiamento coletivo que utiliza tecnologia blockchain para registrar as doações feitas a candidatos, divulgou números dos financiamentos coletivos feitos pela plataforma no 1º turno das eleições.

O financiamento coletivo de campanhas eleitorais impactou em até 80% a arrecadação de candidatos eleitos ao legislativo no primeiro turno de 2018 pelo Brasil. Os números apontados pela Voto Legal, plataforma especializada em arrecadação coletiva, mostram que a contribuição financeira de muitas pessoas fez diferença para candidaturas ao senado, Câmara federal e estaduais nas urnas.

Novas fontes de recursos

Em todo o país, candidatos usufruíram as vantagens dessa nova modalidade.

Para o Senador eleito por Sergipe, Alessandro Vieira, a colaboração de pessoas físicas na internet, representou 52% do total arrecadado na campanha e declarado até o momento na prestação de contas.

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“Nossa proposta era arrecadar da maneira mais transparente possível, quem votou na gente gostou disso”, comentou Alessandro Vieira eleito da REDE com 474 mil votos.

A Deputada Estadual de São Paulo Mônica da Bancada Ativista, teve no financiamento coletivo sua maior fonte de recursos para serem gastos na campanha, os valores arrecadados pela plataforma Voto Legal, representaram 80% do total arrecadado pela candidatura até o momento.

A candidata Isa Penna queria dobrar o número de 15 mil votos e 15 mil reais conquistados em sua campanha para vereadora da cidade de São Paulo, conseguiu ultrapassar essa meta e conquistou a vaga na assembleia.

Com quase 54 mil votos, ela declarou,  até o momento, pouco mais de 43 mil reais de receita. Deste valor, quase 15 mil reais foram repassados da arrecadação coletiva.

“A Plataforma Voto Legal foi uma ferramenta crucial na arrecadação financeira da nossa campanha. Historicamente nossas campanhas recebem em média 1 voto para cada R$1,00 arrecadado e mantivemos a média novamente em 2018. Podemos dizer que quase 1/4 dos nossos votos foram financiados por doações realizadas por meio da plataforma Voto Legal”, comenta.

O governador eleito de Goiás, Ronaldo Caiado, o senador Randolfe Rodrigues  do Amapá, as deputadas eleitas em São Paulo Joice Hasselmann e Tabata Oliveira, a primeira mulher indígena eleita Joenia Wapichana, do Roraima, também apostaram na transparência e abriram os números financiamento coletivo para seus eleitores.

A força do financiamento coletivo

De deputados estaduais até candidatos a presidência, o financiamento coletivo de campanhas por meio de doações privadas ganhou força em todos os partidos. Em alguns casos, como o partido Novo, ele representou 100% do financiamento de campanha dos candidatos.

Os candidatos que utilizaram Voto legal em 2018 receberam juntos mais de 25 milhões de votos no primeiro turno e conquistaram de 14,5 mil doadores que contribuíram com quase 2 milhões de reais em doações, apenas pela plataforma.

Foram 236 candidaturas, destas 3 candidatos a presidência, 8 candidatos ao governo, 13 candidatos ao senado e 212 campanhas a Câmara Federal e Assembleias de 25 estados e Distrito Federal.

Entre os que mais arrecadaram pela Plataforma, os presidenciáveis Marina Silva, Ciro Gomes e Guilherme Boulos compõe 46% dos valor total arrecadado pela Voto Legal e  concentram 61% dos doadores. Seguidos pela soma dos candidatos ao cargo de Deputado Estadual e Distrital, responsáveis por 33% da arrecadação e 23% do total de doadores.

A candidata Marina Silva entrou para a história ao se tornar a primeira candidata a presidência a registrar as suas doações em blockchain, também com o uso do Voto Legal.

Doações e registros imutáveis

A plataforma Voto Legal foi inteiramente idealizada de acordo com a atual legislação eleitoral e faz parte de um novo ciclo de doações eleitorais no Brasil, desenvolvida pela empresa APPCívico, em parceria com o MCCE (Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral).

O Voto Legal utiliza a blockchain da Decred para registrar as doações em blockchain, garantindo transparência e confiabilidade das informações, o que ajuda a combater desvios ou tentativas de lavagem de dinheiro, acontecimentos comuns nas campanhas eleitorais. Embora as doações com Bitcoin e criptomoedas sejam proibidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o registro em blockchain é permitido pelo tribunal.

Além da elaboração de financiamento coletivo e do registro via blockchain, o Voto Legal possui uma plataforma autônoma para acompanhamento em tempo real das doações, automatização na emissão de recibos eleitorais e importação dos dados de maneira prática com o sistema de prestação de contas do TSE. O serviço pode ser contratado no próprio site.

Com a plataforma Voto Legal, todos os cidadãos estarão aptos a acessar o histórico de financiamento de campanha dos candidatos que utilizarem a plataforma nas eleições. O software baseado na tecnologia Decred foi, também, homologado pelo TSE.

Os dados divulgados pelo Voto Legal podem servir como um indicativo de que o financiamento coletivo de campanha veio para ficar. E com o uso da tecnologia blockchain para garantir a transparência do processo, ele pode ganhar ainda mais força nas próximas eleições.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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