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Plataforma brasileira ajuda o combate ao crime organizado com criptomoedas

Na segunda-feira (24), o CriptoFácil recebeu um comunicado sobre a BlockSherlock.

Trata-se de uma plataforma brasileira que visa facilitar as investigações nos crimes envolvendo criptoativos. A plataforma agrega diversos exploradores de bloco, a fim de facilitar a busca de criptomoedas.

O CriptoFácil conversou com Vytautas Zumas e Ana Paula Bez Batti, responsáveis pela BlockSherlock, para entender melhor sua proposta.

Criptomoedas ganham popularidade

A BlockSherlock é uma plataforma bem intuitiva, fácil de ser utilizada até mesmo por pessoas que estão adentrando agora o mundo das moedas digitais.

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Um manual do usuário facilita ainda mais a utilização das ferramentas disponíveis. Além dos exploradores, a plataforma conta ainda com ferramentas open source para auxiliar em buscas por criptomoedas.

Segundo o coordenador do Núcleo de Operações com Criptoativos, Vytautas Zumas, a plataforma surgiu com intuito de uso pessoal.

Zumas é também delegado da Polícia Civil de Goías. Ele explica que, para facilitar seu trabalho no combate ao crime organizado, ele possuía diversos exploradores e ferramentas salvos em seu navegador.

Contudo, achou ainda mais prático disponibilizar todas essas ferramentas em um site, que também seria de uso próprio.

Foi quando a BlockSherlock começou a tomar forma. O delegado explicou ao CriptoFácil:

“Eu já conhecia a Ana Paula e, quando falei do site, ela achou interessante desenvolver a ideia. Foi quando começamos a pensar em criar um núcleo de apoio às autoridades nos crimes envolvendo criptomoedas. As moedas digitais se desenvolvem muito rápido, e nós estamos tentando acompanhar o ritmo.”

Bez Batti é Procuradora Geral da Fazenda, e já possui experiência com criptomoedas e blockchain. Conforme dito acima, ela resolver cooperar com o projeto iniciado por Zumas.

A Procuradora falou com o CriptoFácil sobre o intuito da plataforma:

“A plataforma busca auxiliar agentes públicos na investigação de crimes envolvendo ativos virtuais, buscando através de ferramentas OSINT [ferramentas de inteligência open source] e exploradores de Blockchain, uma vinculação entre transações públicas e usuários pseudoanônimos.”

BlockSherlock vira ponte para núcleo de apoio

Segundo o comunicado e conforme ressaltado por Zumas, a BlockSherlock se tornou uma ponte para as autoridades brasileiras trabalharem em conjunto.

Zumas destaca:

“As transações com criptomoedas são rápidas, e fica difícil quando uma delegacia do Rio Grande do Sul tem que trabalhar com o Ministério Público do Amazonas, por exemplo. Desta forma, nós agimos também como uma ponte para facilitar essa comunicação, tentando deixar o processo mais fluido. Não coordenamos nenhuma operação contra o crime organizado, apenas auxiliamos que as autoridades tenham máxima eficiência para resolver crimes envolvendo criptomoedas.”

Sobre a facilitação mencionada pelo delegado, trata-se de material de apoio, lista de exchanges atuantes e modelos de requerimentos.

Não é incomum verificar em decisões judiciais a formulação de pedidos de busca de criptomoedas em nome de plataformas já desativadas. Ademais, são formulados pedidos de busca até mesmo em plataformas que não realizam operações com criptoativos.

Desta forma, para um órgão público que está tendo que lidar com criptomoedas pela primeira vez, os materiais oferecidos pelo Núcleo de Apoio são de grande utilidade.

Por fim, é importante destacar que os serviços do site são abertos ao público. Entretanto, o material de apoio se destina exclusivamente às autoridades encarregadas de investigar crimes com criptoativos.

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Gino Matos

Tenho 28 anos, sou formado em Direito e acabei fascinado pelas criptomoedas, ramo no qual trabalho há três anos.

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